Apesar do avanço, a IHS Markit afirma que, descontados os efeitos sazonais, o PMI de Serviços mostrou a terceira redução mensal. A instituição pontuou que o declínio da atividade pode estar ligada à combinação de instabilidade política e econômica.
A economista da IHS Markit Pollyana de Lima avaliou que a desaceleração da atividade no setor privado em dezembro foi branda, mas que indica algumas suscetibilidades na recuperação econômica.
"A demanda por produtos permanece em ascensão, um bom indício para as perspectivas de negócios dos fabricantes. Em comparação, uma inversão de expectativas para os registros de serviços indica meses difíceis para as empresas no setor. Neste quadro competitivo, os prestadores de serviços podem ter que recorrer a descontos significativos para estimular a demanda", prevê Pollyana.
Em média, o volume de novos negócios no setor de Serviços ficou estagnado em dezembro. Mas a quantidade de pedidos pendentes caiu pelo 29º mês consecutivo, evidenciando a forte ociosidade. Esse cenário provocou novo corte de pessoal nas empresas de Serviços, destaca a Markit.
As demissões e os custos mais baratos de empréstimo ajudaram na redução dos preços dos insumos no setor, aponta a instituição. Já os valores cobrados aos consumidores ficaram estáveis.
Em relação às perspectivas para os negócios, os empresários previram um volume mais elevado de produção em 2018, mas algumas empresas demonstraram preocupação com as incertezas políticas e econômicas.
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