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Concha andreense é revitalizada

Espaço na Praça do Carmo ganha grafites e nova lona; Paço prevê trazer acústica de volta

Vinícius Castelli
22/12/2017 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Quem passa pelo Centro de Santo André com frequência já se deparou com a tradicional Concha Acústica, localizada na Praça do Carmo. Espaço que já foi palco de shows de nomes como Andreas Kisser (Sepultura), Lobão, Arnaldo Antunes e da banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado, entre outros, o local passou agora por revitalização

Entre as intervenções realizadas estão a troca do toldo – que, assim como quase todo o resto, estava bem deteriorada –, pintura de escadas, corrimãos e chão do palco. A Concha ganhou ainda grafites de artistas da região como Nene Surreal, Tota, Danone e Thiago Vaz, entre outros nomes. O trabalho foi realizado por meio do projeto Graffiti nas Casas e em parceria entre a Casa do Olhar Luiz Sacilotto e a Casa da Palavra Mário Quintana.

Milton Toller, coordenador da Casa do Olhar e nome que encabeçou a revitalização do local, conta que a conversa com os artistas para produzir a arte no espaço surgiu a partir de trabalhos artísticos iniciados na própria Casa do Olhar. A princípio a ideia era apenas focar nos grafites. “Fizemos um projeto. A verba é da Casa do Olhar e da Casa da Palavra”, explica ele. Como já estavam mexendo na Concha, resolveram trocar também o toldo. “Articulamos com a Pasta de Obras e deu certo. Gastamos cerca de R$ 35 mil em tudo”, diz Toller. Ainda houve palestras e dia com agenda musical.

A Concha Acústica passou por maus bocados. Após sofrer descaso e ter sua estrutura metálica retirada – estava com risco de desabar – o local ganhou lona verde impermeável em 2013. Foram revitalizados ainda, na ocasião, os sistemas hidráulico, que estava entupido, e elétrico. Mas desde então a Concha perdeu sua característica acústica quando ficou sem sua estrutura metálica. Isso sem contar que sua agenda musical foi diminuindo gradativamente a partir de 2011.

Segundo o Paço, a Secretaria de Cultura de Santo André está elaborando projeto de remodelação da Concha, o que traria sua característica acústica de volta, “e um projeto de ocupação periódica para 2018. A execução da reforma está vinculada à liberação de emenda parlamentar sobre a qual a Secretaria de Cultura foi informada no mês de outubro.

Já a execução do projeto de ocupação periódica está vinculada à viabilidade orçamentária”. Sobre ocupar o local, o Paço diz ainda ser necessário diálogo para que as ações realizadas sejam compatíveis com as atividades da igreja (atrás da Concha) e da Casa da Palavra. “Por isso não é desejável simplesmente elaborar uma programação musical, mas disparar um processo de construção coletiva. O movimento deve promover a produção cultural e ser satisfatório para a população, moradores e os comerciantes do entorno.” 




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