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Grêmio desafia Pachuca e histórico de zebras para avançar à decisão do Mundial
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12/12/2017 | 08:00
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Menos de duas semanas após faturar o seu terceiro título da Copa Libertadores, o Grêmio inicia nesta terça-feira a busca por uma conquista ainda maior. Às 15 horas (de Brasília), o time gaúcho entra em campo para enfrentar o mexicano Pachuca no estádio Hazza bin Zayed, em Al Ain, nos Emirados Árabes Unidos, pelas semifinais do Mundial de Clubes da Fifa.

O confronto é o passo decisivo para o time disputar a decisão do torneio em um possível duelo contra o poderoso Real Madrid, mas a semifinal tem sido cada vez menos um jogo protocolar para os clubes brasileiros e sul-americanos. Basta lembrar o que aconteceu no ano passado com o colombiano Atlético Nacional, derrotado pelo Kashima Antlers. Além disso, Internacional e Atlético Mineiro também sofreram derrotas traumáticas para Mazembe e Raja Casablanca em 2010 e 2013, respectivamente.

Até por isso, o Grêmio tem repetido o discurso de evitar falar sobre o aguardado encontro contra o Real Madrid, de Cristiano Ronaldo, que fará a outra semifinal da competição com o anfitrião Al Jazira, nesta quarta-feira. "Para chegar em uma final, temos a semifinal. Não adianta ficar falando de Real Madrid, se temos o Pachuca, até porque ninguém sabe se eles estarão na final. Nosso objetivo é o Pachuca, este é o adversário que assistimos, todo o grupo, então estamos preparados para fazer esta semifinal", disse o técnico Renato Gaúcho.

Realizado no atual formato desde 2005, o Mundial de Clubes da Fifa viu quatro clubes brasileiros se classificarem à decisão. Mas o Santos, em 2011, foi o único time do País que conseguiu a vaga na final com um triunfo por mais um gol de diferença - 3 a 1 sobre o japonês Kashiwa Reysol.

Esse retrospecto faz o Grêmio acreditar em duelo complicado contra o campeão da Liga dos Campeões da Concacaf, mesmo que o Pachuca tenha apresentado um futebol pobre na vitória por 1 a 0 sobre o Wydad Casablanca, no último sábado, em duelo definido apenas na prorrogação. "O Pachuca é sem dúvida um osso duro, carne de pescoço. É um jogo importantíssimo para eles como é para nós", afirmou o treinador gremista.

O passado dos clubes sul-americanos é um fator que deve fazer o Grêmio redobrar a atenção nesta terça-feira, mas o time também acredita em um diferencial para esta decisão. Ao contrário das edições anteriores da Libertadores, a deste ano foi concluída apenas no final de novembro, o que o faz chegar ao Mundial embalado, ao contrário do que ocorreu com outros times, que esperavam meses até a disputa do torneio.

O Grêmio, então, vem de semanas de muita emoção, festa pela conquista do tricampeonato da Libertadores e confiança. "Vamos colocar em prática o que fizemos o ano todo. Vamos respeitar, mas viemos para ganhar. O Grêmio pensou grande o ano todo, veio para ganhar, com todo respeito ao adversário", avisou Renato Gaúcho.

A decisão da Libertadores, porém, deixou uma sequela no Grêmio. Considerado a principal revelação do futebol brasileiro em 2017 e já cobiçado por gigantes do futebol europeu, o volante Arthur se lesionou na segunda partida contra o Lanús e nem viajou aos Emirados Árabes Unidos. Nesta terça-feira, então, será substituído por Michel.

O torcedor gremista, porém, exibe confiança no time liderado pelo atacante Luan, o artilheiro da vitoriosa campanha na Libertadores, para chegar à final com Renato Gaúcho, que como jogador foi campeão mundial pelo clube gaúcho contra o alemão Hamburgo em 1983.

Visto sob desconfiança após a apagada atuação na estreia no Mundial de Clubes da Fifa, o Pachuca entrará em campo em Al Ain com o objetivo de se tornar o primeiro clube da Concacaf a disputar uma final do Mundial. Para isso, porém, os comandados do técnico Diego Alonso precisarão superar o cansaço por terem atuado por 120 minutos no sábado, enquanto que o elenco gremista apenas treinava.




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