"É um avanço significativo para a universidade. Abrimos o leque de possibilidade de acesso, avançamos na inclusão social. A ideia é ter na Unicamp uma representação mais fidedigna da sociedade, que é quem nos financia, sem perder a oportunidade de procurar os melhores estudantes", disse o reitor Marcelo Knobel.
A proposta aprovada prevê que 20% das 3,3 mil vagas nos 70 cursos de graduação sejam preenchidas por estudantes que prestaram o Enem. Diferentemente de outras instituições, as vagas da Unicamp não serão disponibilizadas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas por um edital próprio.
"Como vamos disponibilizar apenas 20% das vagas de cada curso e turno, em alguns casos o número absoluto será pequeno, o que poderia fazer com que a Unicamp fosse menos competitiva diante das outras instituições, por exemplo as federais", explicou Knobel.
Das cadeiras ofertadas pelo exame nacional, 10% serão reservadas para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública, 5% para alunos da rede pública e que sejam autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPIs) e 5% para os demais PPIs. Cada curso deve estabelecer os pesos diferenciados para as áreas de conhecimento avaliadas pelo Enem e definir a nota mínima.
Outra mudança é a criação de vagas extras para vencedores de olimpíadas de conhecimento de abrangência nacional. Cada curso e turno poderá aumentar em até 10% o número de vagas para ingresso.
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