"Ele deve sair para cuidar só da candidatura dele agora", disse o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA). "O Paulo Rabello não pode falar e fazer determinadas coisas na presidência do BNDES e continuar no governo. Por mim, ele já estaria fora", disse o vice-líder do DEM, deputado Pauderney Avelino.
Recém-filiado ao PSC, o presidente do BNDES foi lançado pré-candidato do partido a presidente em 2018 durante convenção da legenda em Salvador (BA). Em discurso no evento, disse que vai trabalhar para "higienizar" a política.
"Vamos desintoxicar a política brasileira, passar por um processo de limpeza, de higienização, de compromisso efetivo", declarou o executivo, defendendo que as mudanças aconteçam dentro da política. "Temos que caminhar com os políticos, mas com compromisso renovado", afirmou.
Amigo do presidente Michel Temer, Rabello assumiu o BNDES em junho, após a saída de Maria Silvia Bastos Marques. A nomeação, porém, nunca teve a simpatia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ficou irritado por não ter sido consultado pelo governo sobre a escolha.
Rabello já é alvo de fogo amigo da base aliada por bater de frente com o governo em algumas situações. Entre elas, a antecipação de pagamento ao Tesouro Nacional de empréstimos feitos ao banco e a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituiu os juros subsidiados da TJLP.
Procurado, o BNDES ainda não respondeu. (Colaborou Adriana Fernandes)
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