O pagamento da gratificação natalina, conhecida como 13º salário, vai injetar na economia do Grande ABC o equivalente a R$ 3,1 bilhões, sendo a mesma quantia do ano passado. É o que aponta levantamento realizado pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

“Dentro do possível, e dado o cenário econômico, a manutenção do valor é positiva”, avalia Silvio Paixão, professor de análise de Macroeconomia da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).

Deste total, R$ 2,7 bilhões (73,3%) serão para os trabalhadores com carteira assinada e, R$ 830 milhões (26,7%), para aposentados e pensionistas. Juntas, Santo André, São Bernardo e Diadema representam 87,7% do montante, enquanto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra contam com um terço dos pagamentos dos beneficiários da Previdência.

Vale destacar que a primeira parcela da gratificação deve ser paga até o dia 30 e, a segunda – com os descontos de INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e Imposto de Renda – até 20 de dezembro.

Os metalúrgicos, que contam com mais de 73 mil trabalhadores na região, serão responsáveis por receber 12,2% (R$ 379,9 milhões) do montante. A quantia é 9,8% menor do que os R$ 427,1 milhões liberados em 2016 para a categoria. “Muitos trabalhadores foram demitidos ou aderiram ao PDV (Programa de Demissão Voluntária) neste ano”, lembra Wagner Santana, o Wagnão, presidente do sindicato.

O sindicalista complementa que, embora o valor seja menor, a indústria ainda é muito importante e necessária tanto para as sete cidades quanto para o País. “Apesar de o governo não investir e não apoiar, a categoria irá resistir”, afirma.