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Será que vicia? Confira mitos e verdades sobre baterias de smartphone

Líquido que mantém a carga no eletrônico passou a ser o lítio ao invés do níquel de cádmio

Thalita Ribeiro
Do 33Giga
10/11/2017 | 08:17
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Muitos usuários levam em consideração a duração da bateria para escolher um smartphone. Dessa forma, vida útil do eletrônico e quanto tempo ele dura sem recorrer a uma tomada são características que podem ser decisivas. Entretanto, algumas perguntas ainda são frequentes, como prolongar a durabilidade do item de hardware e se a bateria vicia ou não.

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Assim como outros hardwares, as baterias passaram por mudanças ao longo dos anos. A principal delas é o líquido que mantém a carga no eletrônico, que passou a ser o lítio ao invés do níquel de cádmio. De acordo com o consultor em tecnologia Everton Vianna, isso interferiu diretamente na questão das baterias viciarem ou não. “As anteriores tinham o que chamamos de memória de carga. Se o usuário tinha o costume de carregar sem até 50%, por exemplo, a bateria a passava a não carregar até 100%, com o passar do tempo.”

De acordo com o consultor, o lítio possibilita que o usuário carregue o celular antes que o aparelho peça por carga, ou até mesmo não esperar que o hardware chegue a 100%. Contudo, isso pode dificultar  a mensuração da vida útil do aparelho, pois, de acordo com Vianna, a durabilidade da bateria divide-se em ciclos de recarga. “Como podemos carregar aos poucos, é difícil de medir. No geral, este item no smartphone dura cerca de um ano e meio.”

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O que ajuda?

Abaixo, confira algumas dicas que podem ajudar a manter a bateria funcionando por mais tempo:

– Evitar quedas. A bateria faz parte do aparelho, assim como outros hardwares. Dessa forma, impactos podem influenciar no desempenho;

– Não utilizar carregadores de procedência duvidosa ou não certificados;

– Não expor o smartphone a altas temperaturas, como sol ou próximo a outros aparelhos eletrônicos que esquentem;

– Evitar que a bateria chegue a zero. Como a durabilidade é medida em ciclos, a cada um que termina é um ciclo a menos de vida útil;

– Evitar uso intenso durante o carregamento que faça com que o aparelho esquente;

– Para que a bateria dure por mais horas, desabilite aplicativos e funcionalidades que não esteja utilizando.

 

Entretanto, esse não é um assunto de opinião unânime. Segundo o diretor de produtos da Quantum Vinícius Grein, as baterias ainda podem viciar. Ele reconhece melhora na tecnologia, mas alerta. “Antigamente, as baterias viciavam muito mais facilmente, se comparado com soluções mais atuais. Mas ela perde sua capacidade de armazenamento conforme é carregada e descarregada”. O gerente de produtos da Motorola Thiago Masuchette discorda. “A mudança no produto químico de dentro da bateria, o lítio, faz com que o hardware não tenha esse efeito memória nas recargas.”

Técnico da Proteste,  Thiago Silva afirma que as baterias têm entre 300 a 500 ciclos de recarga durante o tempo de funcionamento. “Não que ela vá para de funcionar depois que atingir esses ciclos, mas o desempenho vai começar a diminuir gradualmente”, disse Silva que também comentou sobre os testes feitos nos hardwares que estão no mercado.

“O objetivo principal é saber quanto tempo a bateria vai durar sem pedir carga. Aqui na Proteste, programamos um usuário fictício no smartphone, que executa ligações e usa internet, por exemplo”, comentou Silva. O técnico informou também que esse teste é feito mais de uma vez e os resultados são comparados para acompanhar o desempenho da bateria.

O que prejudica?

Algumas ações dos usuários podem fazer com que a bateria dure menos do que o tempo previsto pelo fabricante. De acordo com Vianna, o uso intenso durante o carregamento pode ser um fator que deprecie o hardware mais rápido. “Por exemplo, se o celular não possui um processamento rápido, assistir a um filme enquanto ela carrega pode fazer com que ele esquente. Isso vai prejudicar a bateria.”

Silva também comenta sobre as condições do ambiente em que o smartphone se encontra. “Calor e umidade pode influenciar na durabilidade da bateria. Em temperaturas mais altas, a chance dela perder vida útil é grande”. Ainda segundo Silva, algumas personalizações do sistema operacional dos celulares, como Android, podem influenciar no desempenho do eletrônico, consumindo mais do eletrônico.

De acordo com Masuchetti, outra prática que pode prejudicar as baterias é o carregamento com aparelhos que não são originais. “O carregador do próprio celular vai garantir o desempenho máximo em carregamento. Porém, se o usuário optar por outro, que não seja original ou certificado, pode danificar a bateria.”

Há casos que a bateria estufou ou pegou fogo. Para Vianna, eles podem ter ocorrido por conta da ação do usuário. “Com exceção do Samsung Galaxy Note 7, que foi um erro de projeto, na maioria dos casos é por conta de carregadores de procedência duvidosa”. Ele comentou ainda que as baterias podem, sim, sofrer alterações físicas ao longo do uso. “Como uma ponte: ela é projetada para se movimentar minimamente. A bateria pode dar uma leve estufada, mas se isso ocorrer de forma expressiva, o usuário deve levar o aparelho para assistência técnica.”

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