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'Momento da seleção brasileira é de avaliação de erros e correções', diz Tite
09/11/2017 | 17:40
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Desde que assumiu o posto e mandou a seleção brasileira a campo pela primeira vez, em 1.º de setembro de 2016, Tite coleciona um retrospecto de dar inveja: 12 vitórias, 2 empates e 1 derrota - em amistoso para a Argentina, na Austrália, por 1 a 0. Nestes jogos, somou 35 gols pró e apenas 4 contra. Com esse desempenho, o time que conta com estrelas como Neymar e Gabriel Jesus já começa a desfrutar o status de favorito à Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Mas, para o treinador, há erros e correções a fazer o mais rápido possível.

Para tanto, Tite continua mergulhado em estatísticas e avaliações sobre o desempenho de cada jogador, sobre suas atuações, posicionamentos e funções nos clubes. Além disso, revisa a cada nova convocação os eventuais defeitos apresentados nos jogos anteriores. Essa metodologia tem norteado o trabalho do técnico e já entrou no modo operacional da seleção.

"Quando acaba o jogo, os atletas viajam vão para os seus clubes e eu não dou o feedback daquilo que foi feito de certo e de errado. No retorno, a primeira coisa que eu faço é dar o feedback", contou Tite. "Quando eles chegaram, eu apresentei os acertos e os erros e coloquei porque nós tivemos esse desempenho, o que nós temos de repetir e quais foram os erros que cometemos nesses 15 jogos que fizemos".

Questionado sobre que tipo de erros tem se empenhado em corrigir, Tite não foi exaustivo, mas aceitou dar dois exemplos de problemas que tem tentado enfrentar nas palestras de avaliação do desempenho da equipe. "Vou dar um exemplo específico: as cobranças e as bolas paradas. Por vezes nos clubes os movimentos e as funções dos atletas são diferentes da seleção", explicou. "Alguns fazem marcação individual, a nossa marcação é setorizada. Por que eu gosto que seja setorizada? Porque eu gosto de ter a marcação e a cobertura".

A preferência se explica porque Tite quer contar com a possibilidade de cobertura. "Quando a marcação é individual, você não consegue. Com uma finta, um corta-luz, o jogador fica sozinho. Por isso nós preferimos a setorizada", explicou. Isso exige adaptações, de forma a esclarecer o elenco de que, embora atuem de uma forma nos clubes, precisam se adaptar à preferência da comissão técnica quando estiverem em campo com a camisa amarela.

Tite citou ainda um segundo exemplo que considera importante: a adaptação de posições e funções. Neste aspecto, o melhor exemplo é Fernandinho. No Manchester City de Pep Guardiola, o volante tem mais funções defensivas. "Estou trazendo o Fernandinho para uma função de articulação, que no City quem faz é o David Silva, por exemplo", explicou o treinador, revelando que é nesta função que Fernandinho atuará nesta sexta-feira contra o Japão. "Ele pode fazer porque na origem ele fazia".




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