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O que vem a ser um bitcoin?
Por Do Diário do Grande ABC
08/11/2017 | 07:15
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Assim como o dólar, libra esterlina, iene ou real, bitcoin é considerado tipo de moeda (criptomoeda), sendo normalmente aceita como instrumento de troca de bens e serviços, mas que não existe fisicamente, ou seja, é totalmente virtual. Trata-se de uma tecnologia digital que, por meio da internet, permite realizar pagamentos e transações eletrônicas de maneira rápida e barata, em que os usuários podem negociar diretamente uns com os outros, sem intermediários. Diferentemente dos ativos financeiros convencionais, sua emissão não sofre controle de autoridade monetária nacional, como Banco Central, por exemplo, e nem sofre influências políticas, sendo transacionada livremente, cujo valor segue rigorosamente a lei da oferta e da procura, ou seja, maior será a sua cotação quanto maior for a demanda. E é justamente por causa dessa liberdade, porém, que ela sofre com a alta volatilidade dos preços, podendo, num mesmo dia, cair ou subir na casa dos dois dígitos. Além disso, por não dispor de lastro ou fundo garantidor para eventuais perdas, é considerado um investimento de altíssimo risco. “Por se tratar de algo novo, sem regulamentação em muitos países e cercado de incertezas quanto ao seu futuro, o bitcoin ainda é visto com bastante desconfiança pelo mercado tradicional”, afirma João Canhada, CEO da FoxBit, a maior corretora deste ativo no Brasil.

Mesmo sendo bastante arriscado, a criptomoeda vem atraindo a atenção de diversos investidores, que aplicam, em média, de 1% a 5% de seus portfólios nesse ativo. “O bitcoin atingiu surpreendente valorização no acumulado desde janeiro, muito em função da legalização oficial deste no Japão, como meio de pagamento. Com apoio dos comerciantes e de grandes redes varejistas, o governo japonês autorizou seu uso, inclusive para pagamento de tributos, e definiu a política de boas práticas sobre a matéria”, diz o especialista, enfatizando que se trata de uma operação bastante acessível e segura. “Diferentemente do que muita gente pensa, o bitcoin não é terra de ninguém. Todas as transações são registradas num arquivo público chamado blockchain, que trata-se de espécie de livro contábil digital, embora sejam ao portador (não identificam os donos)”, elucida.

Para transformar a criptomoeda em dinheiro do mundo real, contudo, é preciso passar pelas exchanges (empresas que negociam criptomoeda) que, para valores elevados, exigem cadastro e documentação comprobatória da capacidade de compra. “Nesse meio, há grande preocupação com relação à lavagem de dinheiro”, complementa Canhada.

Reforma Trabalhista: problemas à vista
Prevista para entrar em vigor no sábado, a reforma trabalhista instituiu série de alterações importantes na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Contudo, recentemente, alegando suposta inconstitucionalidade de alguns dispositivos da Lei, diversos juízes, procuradores e fiscais manifestaram a possibilidade de não aplicar parte das novas regras, acirrando os ânimos entre o Legislativo e o Judiciário. Esse embate gera insegurança jurídica de proporções surreais, motivo de grande preocupação da classe empresarial, já que, certamente, irá desestimular investimentos, prejudicando a criação de empregos e geração de riquezas.

De acordo com Marcos Tavares Leite, um dos especialistas jurídicos do Simpi, ao invés de reduzir os litígios, serão gerados mais processos, sendo que muitos, fatalmente, acabarão desaguando no STF (Supremo Tribunal Federal)”, diz o advogado. “Isso causa ainda mais atrasos ao País, que precisa continuar trabalhando para superar a crise – e sair dela. E, nesse contexto, a atualização e modernização das relações trabalhistas são quesitos imprescindíveis, tanto para o aumento da competitividade das empresas, como para geração de trabalho e renda.”

*Material produzido pelo Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Tipo Artesanal do Estado de São Paulo)




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