Política Titulo Editorial
Águas passadas
Do Diário do Grande ABC
05/11/2017 | 12:35
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Divulgação


Causa repulsa a proximidade com os rios e córregos do Grande ABC. Os cursos d’água que cortam a região têm como principais características mau cheiro, sujeira, mato alto, insetos e outros bichos. A simples possibilidade de contato com o líquido fétido que corre é o suficiente para sugerir a infecção por vários tipos de vírus causadores de inúmeras doenças.
Vizinhos indesejáveis, os rios hoje são considerados fontes inesgotáveis de problemas. Como as enchentes, que derrubam pontes, invadem ruas, alagam casas, isolam bairros... Em suma, causam uma infinidade de prejuízos para a população como um todo. O que parece não ter solução.
As pessoas se acostumam com a visão do rio degradado e parecem achar natural a profusão de objetos estranhos boiando em suas águas. Em certos momentos, parece até que está ali com o propósito único de levar para longe tudo aquilo que não tem mais utilidade.
Parecem inacreditáveis os relatos de que em épocas nem tão distantes estes mesmos rios serviam para atividades de lazer, como natação, pesca ou passeios de barco.
A mudança para pior teve como responsáveis os moradores, que nunca se importaram com as condições do meio ambiente e, sem critério, transformaram esses cursos de água em depósitos de lixo.
A reversão total deste quadro talvez seja impossível. Mas ainda dá para amenizar os estragos. A solução para isso está na Educação. É necessário formar uma geração futura mais consciente, que descubra como conviver em harmonia com a natureza.
Além dos rios, é preciso voltar o olhar para a Billings. A ocupação desordenada do entorno da represa, como este Diário mostrou em recente série de reportagens, revela que a ação tem de ser imediata. Sob pena de restar um enorme reservatório de algo inútil. Ao ponto de as gerações futuras também se espantarem quando alguém disser que dali saiu a água que matou a sete de boa parte dos moradores do Grande ABC. 




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