Economia Titulo Dia de Finados
Contrariando expectativas, venda de flores surpreende e empolga comerciantes

Proprietários de floriculturas esperavam comércio fraco, mas procura foi satisfatória

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
03/11/2017 | 07:26
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Nario Barbosa/DGABC


Contrariando as expectativas pessimistas dos comerciantes, o movimento nas floriculturas próximas aos cemitérios ontem, no Dia de Finados, surpreendeu os vendedores. Na quarta-feira, o Diário noticiou que devido ao ciclo de vendas fracas, por conta da crise, e do feriado prolongado, os estabelecimentos esperavam saída até 50% menor neste ano. No entanto, o dia de sol contribuiu para a procura intensa.

Em frente ao cemitério do Curuçá, em Santo André, a comerciante Sidnei Barros, 52 anos, sentiu que o fluxo de compradores estava semelhante aos anos anteriores. “Acabei pegando o mesmo número de vasos que disponibilizei no ano passado – 2.000 –, não arrisquei pegar mais, mas o movimento está bom, igual em ocasiões passadas”, disse.

Proprietária de floricultura instalada ao lado do cemitério Carminha, em São Bernardo, Agnes Hechen, 52, deixou o estoque de flores 10% maior neste ano e estava confiante de que, até o fim do dia, as vendas seriam a contento. “Agora, no horário da manhã, o movimento está bom, e na parte da tarde sempre vem mais gente”, comentou.

Para o dono de floricultura localizada próxima ao cemitério das Lágrimas, em São Caetano, Paulo Correia, 62, a demanda estava “ótima”. “Comprei 10% a mais de flores do que no ano passado, porque Dia de Finados, sempre vende. Depois do almoço, as vendas são melhores, porque é quando vem mais gente. Queria até ter mais flores em estoque.”

Em floricultura situada em frente ao cemitério Santa Lídia, em Mauá, o movimento era intenso, tanto que a reportagem não conseguiu conversar com a proprietária e os atendentes. Na rua, ambulantes que comercializavam maço de velas a R$ 5, também estavam satisfeitos com as vendas. “É o segundo ano que venho vender aqui e, hoje (ontem), já reabasteci o estoque quatro vezes. Não tenho do que reclamar”, contou.

MAIS CARO - As queixas, no entanto, ficaram por conta dos clientes, que não acharam os preços muito atrativos – principalmente das flores. “Uma flor avulsa custava R$ 1, agora, está R$ 2”, observou a dona de casa Gilmara Custódio Silva Beleti, 39, de Mauá.

“Pagava R$ 1,50 em uma rosa, agora custa R$ 3. A cada ano, o preço aumenta, só não aumenta o salário”, reclamou a balconista Cristiane Correia Santos, 26, de São Bernardo.  




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