No dia anterior, o executivo da Standard & Poor?s (S&P) Joydeep Mukherji havia indicado o risco de novo corte da nota brasileira se a reforma da Previdência continuar emperrada ou se sair muito diluída.
As agências, disse o ministro, estão cumprindo sua função e seus alertas são compatíveis com os do governo. "Temos dito que a aprovação da (reforma) da Previdência é fundamental para a sustentabilidade, a longo prazo, das contas do Brasil. Quanto mais cedo isso ocorra, melhor."
As agências, acrescentou, têm demonstrado confiança no País. Elas fazem o seu trabalho e o governo deve fazer o dele: "Não me preocupo com o trabalho delas, mas elas têm de se preocupar com o nosso."
As três principais classificadoras de risco de crédito, a S&P, a Moody?s e a Fitch, cortaram a nota do Brasil duas vezes, nos últimos meses do governo da presidente Dilma Rousseff. Com esses cortes, o País foi rebaixado ao nível especulativo e ficou dois degraus abaixo do piso da área reservada àqueles classificados como bons pagadores.
De fato, ninguém expressou dúvida quanto à capacidade ou à disposição do governo brasileiro de pagar suas dívidas, mas o rebaixamento refletiu a desordem crescente das contas públicas. Com o início da política de ajuste, a baixa de inflação e o começo da recuperação econômica, os prêmios de risco do crédito brasileiro têm caído no mercado internacional.Mas as decisões das agências envolvem avaliações mais complexas e podem ser demoradas.
Durante o almoço, o ministro havia falado sobre as mudanças na política econômica, a recuperação iniciada no primeiro trimestre, o esforço de ajuste das contas públicas e o programa de reformas. Ele reafirmou a expectativa de ver aprovada a reforma da Previdência ainda neste ano e mencionou sua importância para a sustentação do teto de gastos e para a criação de espaço fiscal, necessário para a preservação das funções de governo e para os investimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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