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Aumento de importação foi puxado por compra de insumos e bens intermediários
02/10/2017 | 19:34
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A recuperação da atividade econômica aumentou a demanda por produtos do exterior, principalmente insumos e bens de capital. Em setembro, as importações em geral cresceram 18,1%, o décimo aumento mensal consecutivo, o que não ocorria desde 2012.

Depois de aumentarem 6,04% em agosto, as compras de bens de capital subiram pelo segundo mês consecutivo, com alta de 34,5% em setembro. Houve crescimento ainda de 26,4% nas importações de combustíveis e lubrificantes, 15,9% nos bens de consumo e 15,1% de bens intermediários.

"O crescimento foi puxado pelas compras de insumos e bens intermediários, o que pode indicar tendência de recuperação, já que essa linha de exportações está muito relacionada com investimentos", explicou o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Abrão Neto.

Ele disse que houve um aumento gradual nas importações ao longo do ano e que, depois da queda no ano passado, a melhoria era esperada juntamente com a recuperação da economia. Neto ressaltou o aumento nas importações de insumos para agropecuária, como fertilizantes e herbicidas, e para a indústria química e eletroeletrônicos. Entre os bens de capital, destaque para o aumento nas compras de veículos de carga e de bens para as áreas de energia renovável, setor químico e de celulose.

Exportações

Apesar da alta nas importações, as vendas ao exterior também registraram bom desempenho em setembro, quando subiram 24%, o que garantiu o oitavo superávit mensal recorde da balança comercial (R$ 5,178 bilhões). Foi o segundo maior crescimento do ano, atrás apenas de abril, quando a alta havia sido de 28%. O secretário chamou a atenção para a alta nas exportações de todas as categorias de produto, tendo subido as vendas de básicos (+36,7%), manufaturados (18%) e semimanufaturados (11,1%). Influenciaram o crescimento as vendas recordes de soja em setembro, além das vendas de milho, automóveis, máquinas e terraplenagem e turbinas. "O desempenho das nossas vendas externas vem acompanhada de elementos muito sólidos", acrescentou.

Ano

O resultado de setembro elevou o saldo acumulado no ano para R$ 53,283 bilhões, que supera o maior saldo histórico registrado em todos os anos pela balança, alcançado no ano passado com o superávit de US$ 47,7 bilhões. Com isso, o governo vai atualizar as previsões de superávit para este ano até o próximo mês, segundo o secretário. "O resultado até setembro confirma nossa expectativa de que o superávit ultrapassará US$ 60 bilhões", completou.




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