Política Titulo Disputa à assembleia
Cicote rechaça ida ao 1º escalão e reafirma candidatura
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
01/10/2017 | 07:20
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DGABC


Alvo de sondagens, o presidente da Câmara de Santo André, Almir Cicote (PSB), rechaçou, em entrevista ao Diário, compor o primeiro escalão do governo do prefeito Paulo Serra (PSDB). Decidiu permanecer no mandato de vereador. Após ser cotado para integrar o secretariado, de forma mais incisiva em agosto, o parlamentar admitiu conversas, mas alegou que a proposta se tornou “praticamente inviável” devido ao projeto de entrar na disputa por cadeira de deputado estadual na eleição de 2018. “A candidatura está cada vez mais consolidada. Ida para o governo prejudicaria esse projeto.”

Cicote pontuou ter “clareza da importância” de seguir na construção da candidatura à Assembleia, cargo eletivo que ele concorrerá pela segunda vez – em 2014, obteve 28.070 votos. “Dificilmente abriria mão (da disputa) para assumir espaço no governo. O PSB está se mobilizando (ao pleito), concretizando o nome do (hoje vice-governador de São Paulo) Márcio França (na empreitada pela sucessão estadual), o que nos deixa em condição de difícil recuo”, justificou. Ao ser questionado novamente sobre eventual licença do posto para embarcar no Paço, o parlamentar mencionou que a possibilidade virou “muito remota”.

Caso assumisse função no alto escalão e ainda sustentasse plano em ser candidato, o socialista necessitaria se afastar até o início de abril, ficando somente seis meses na gestão tucana. Apesar do esfriamento nas tratativas, há cerca de dois meses, no entanto, a mudança de status de Cicote parecia certa, nos bastidores. Depois de algumas reuniões com a cúpula do governo para costurar um acordo, ele estaria disposto a fazer a travessia para a Prefeitura, só que, além do projeto eleitoral, o episódio envolvendo a secretária de Saúde, Ana Paula Peña Dias, teria pesado para esfriar a negociação, embora as arestas tenham sido aparadas.

O parlamentar frisou, inclusive, o alinhamento pessoal com Paulo Serra. Ponderou, contudo, que não houve pedido por apoio do tucano à sua candidatura em 2018. “Temos conversado bastante (sobre eleição), mas o deixado à vontade. Penso que ele, pessoalmente, tenha interesse em construir projeto audacioso, fortalecendo seu grupo político. Se ele tiver dois, três deputados (eleitos), isso o credencia, consolida como grande liderança na região”, avaliou, ao considerar que existe espaço para este cenário. “O prefeito quer ver a cidade crescer econômica e politicamente. Acredito que ele vai fazer esforço para que isso aconteça.”
 




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