O primeiro dia de paralisação dos Correios contou com adesão parcial no Grande ABC, uma vez que 60% dos trabalhadores, ou cerca de 900 dos 1.500, mobilizaram-se. Segundo o secretário-geral do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e Zona Postal de Sorocaba), Ricardo Adriani, o Peixe, algumas agências não param. “Os que paralisam parcialmente são os CDDs (Centros de Distribuição Domiciliar), CEEs (Centros de Entrega de Encomendas) e o CTC (Centro de Tratamento de Correspondência).”
A equipe do Diário visitou o CEE da Tv. Santo Amaro e a agência da Praça 4º Centenário, em Santo André, o CDD da Rua Cristiano Angeli e a agência da Av. Kennedy, em São Bernardo, além de outra da Rua Taipas, em São Caetano.
Tanto no CDD quanto no CEE, de onde são distribuídas correspondências e mercadorias, empregados que preferiram não se identificar afirmaram que as operações estão funcionando parcialmente, sem divulgar números. Já nas três agências, onde o movimento era normal, funcionários informaram não estarem cientes do movimento grevista. Segundo Peixe, isso ocorre porque muitas são franqueadas.
O morador do Grande ABC, portanto, consegue enviar cartas e objetos, mas não é garantido que chegarão ao destino no prazo regular.
Deflagrada na terça-feira, às 22h, a greve é resultado da votação contra acordo coletivo proposto pelos Correios. Dentre os pontos protestados, o principal é o reajuste salarial de 3% a partir de 1º de janeiro de 2018, que aconteceria sem o pagamento de valores retroativos referentes à data base, em 1º de agosto.
A categoria permanecerá de braços cruzados até segunda-feira, dia 2 de outubro, quando nova reunião será realizada com o objetivo de fazer balanço da paralisação. Os Correios ingressaram com ação de dissídio coletivo junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho).
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