A espera por cirurgias na rede pública de Saúde de São Bernardo deve chegar ao fim para 3.178 pessoas nos próximos 180 dias. Este é o prazo dado pela Prefeitura, que ontem anunciou o início do Prioridade Cirurgia, mais uma etapa do programa Saúde Prioridade, iniciado em 31 de março com o objetivo de zerar a fila de espera por exames, consultas e cirurgias, conforme exigência do MP (Ministério Público).

O prazo foi encerrado no dia 27 de agosto, limite dado pela Justiça para que São Bernardo eliminasse toda a demanda reprimida na cidade.

Em evento de lançamento do Prioridade Cirurgia, realizado no anfiteatro do HC (Hospital de Clínicas), no bairro Alvarenga,  o prefeito Orlando Morando (PSDB) disse que estipulou metas audaciosas. “Realizaremos todos os procedimentos em nossos hospitais, utilizando a nossa estrutura. Vamos zerar essa fila de espera, sem qualquer custo adicional, até o fim de fevereiro. Esse é o nosso desafio.”

O chefe do Executivo explicou que algumas especialidades demandam mais cirurgias, como em urologia (493), ginecologia (468) e vascular (372). Todos os procedimentos serão realizados no HC, exceto os ginecológicos, encaminhados ao HMU (Hospital Municipal Universitário). Atualmente o município realiza 343 cirurgias mensais. Com o início do programa, a estimativa é a de que 550 pacientes sejam operados por mês, sendo que os que tiverem necessidade de cirurgia ao longo do programa serão atendidos simultaneamente.

Para esta fase o investimento será de R$ 3 milhões.

PRIMEIRA ETAPA

O programa Saúde Prioridade Exames e Consultas zerou a fila de espera em 96 dias, menos de um mês antes do previsto. Ao todo, 76 mil pessoas foram atendidas, sendo 49.575 consultas e 21.051 exames.

Para realização de toda a demanda de exames de imagem, a Prefeitura firmou parceria com empresas privadas. Além disso, uma readequação na agenda dos médicos permitiu a ampliação da oferta de consultas, sem qualquer custo excedido.
Cerca de 707 novos profissionais foram contratados, sendo 240 novos médicos, para reforçar o quadro clínico do município. Com o novo grupo, a administração aumentou em cerca de 16% o número de médicos na rede municipal – antes composta por 1.527 profissionais.

Ações durante os fins de semana, como mutirões da Saúde, colaboraram com o avanço no atendimento.