Na quinta-feira passada, dia 14, Janot denunciou Temer por organização criminosa, pelo "quadrilhão" do PMDB e obstrução de justiça, no caso JBS.
O presidente participou da cerimônia. Estiveram na solenidade também a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Ausente na cerimônia, Janot não transferiu o cargo para a sucessora.
O discurso de Raquel Dodge durou cerca de 10 minutos. Ela assume a cadeira que foi de Janot por quatro anos. "O Ministério Público, como defensor constitucional do interesse público, posta-se ao lado dos cidadãos para cumprir o que lhe incumbe claramente a Constituição e de modo a assegurar que todos são iguais e todos são livres, que o devido processo legal é um direito e que a harmonia entre os poderes é um requisito para a estabilidade da nação", afirmou.
Raquel ficou em segundo lugar na lista tríplice da eleição ao cargo, atrás do subprocurador-geral da República Nicolao Dino, preferido de Janot, mas foi indicada por Temer. A eleição é tradicionalmente promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República. No Senado, ela teve aprovação de 74 senadores.
Dodge integra o Ministério Público Federal há três décadas e chegou a liderar as investigações, por exemplo, da Operação Caixa de Pandora, que mirou o chamado "Mensalão do DEM", e prendeu o ex-governador José Roberto Arruda, enquanto exercia o cargo, em 2009.
"No ofício que ora assumo, o trabalho será cotidiano e extenuante. Precisaremos da ajuda de todos os membros e servidores do Ministério Público, pois a grandeza dessa nação tem sido construída de modo árduo", afirmou a nova procuradora-geral.
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