"O que acontece é que durante o correr do ano, a gente teve redução na taxa de juros, inflação mais baixa, injeção de alguns bilhões de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na economia. Tudo isso gerou espaço para que as famílias pudessem consumir", explicou Gonçalves.
Segundo ele, o impacto da demanda sobre a inflação costuma ser difuso, espalhado entre diversos itens, por isso mais difícil de mensurar.
"O impacto da demanda sobre o IPCA já foi mais claro, já foi mais forte", afirmou.
Embora o indicador mantenha a tendência de redução na taxa acumulada em 12 meses, o pesquisador lembrou que o resultado do IPCA em setembro do ano passado foi bastante baixo, uma alta de 0,08%, o que pode interromper essa trajetória declinante.
"A taxa do IPCA em setembro tem que vir muito baixa, menor ou igual a 0,08%, para manter esse arrefecimento em 12 meses", concluiu Gonçalves.
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