Cultura & Lazer Titulo Quinta vez no País
Matthew McConaughey fala sobre o Brasil e diz que se sente um pouco brasileiro
28/08/2017 | 16:11
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Matthew McConaughey visitou recentemente três cidades de Minas Gerais: Belo Horizonte, Pará de Minas e Itambacuri, cidade natal da esposa Camila Alves. Ao Globo, o ator contou que foi a quinta vez que passou as férias no Brasil, tempo suficiente para ele entender melhor o ritmo das pessoas e das coisas por aqui, além de já se sentir um pouco brasileiro.

- Há sempre um ritmo brasileiro que me fascina, dá para entender as pessoas pela maneira como elas se movem. Há uma coreografia, uma música sem som que ultrapassa, creio, até as divisões sociais. Também me impressionou a postura crítica interna durante as Olimpíadas no Rio, explicou Matthew, que ressaltou a denúncia dos cariocas sobre a tentativa de embelezar a pobreza da cidade para o evento esportivo.

O ator também declarou que fazer parte de uma família binacional não mudou a visão que mantém sobre a imigração. Para ele, há um exagero quando se fala das iniciativas sobre o tema propostas pelo governo Trump.

- Ele tem uma dificuldade enorme de contextualizar as coisas, e joga para a plateia: vai expulsar os muçulmanos, os imigrantes não registrados, erguer um muro no sul. Agora, muitas coisas que ele diz, mesmo que eu não concorde, tiveram clara ressonância com 63 milhões de americanos. O medo falou mais alto do que a esperança nas eleições aqui, e cabe a nós entender bem o que isso significa. É fundamental saber ler o medo coletivo, pontuou.

Aproveitando o gancho sobre medo e esperança, Matthew aproveitou para contar mais sobre um de seu trabalhos mais recentes para o cinema, em A Torre Negra.

- Desta vez, não entro como uma emenda a uma trama já existente, como em Guardiões da Galáxia. Assim, posso criar mais. Fui eu que, junto com o diretor-roteirista, tirei o Homem de Preto do papel. Acho interessante me debruçar sobre a batalha mítica do bem contra o mal, refletir sobre uma história que é um conto de fadas sombrio, com muitas referências à experiência cristã, disse o ator que viveu o supervilão da história de Stephen King.

Matthew revelou ainda que se prepara para ingressar na função de diretor.

- Pouca gente sabe disso, mas tenho prontos dois roteiros de ficção, que ainda precisam de tratamento final. As duas histórias são baseadas em episódios que aconteceram comigo, uma no ano em que passei vivendo na Austrália, quando tinha 18 anos, e a outra, uma história infantil, fruto de um sonho recorrente, passado na África. Outras geografias, como você vê, muito me interessam, contou.




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