Cultura & Lazer Titulo Arte
Casa da Loli está de portas abertas

Sem fins lucrativos, jornalista andreense
abre própria residência para fomentar arte

Vinícius Castelli
27/08/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 A arte sempre esteve presente na vida de Loli Puertas, 55 anos. Jornalista há mais de 25, está acostumada a oferecer suas casas, de certa forma, para encontro de artistas. Noites de cantoria, amigos que chegavam para falar de literatura e outras artes foram algo habitual para ela e os filhos Vitor, 23. e Raul Garcia Simões, 20.

Agora, não diferente, a arte segue presente, a situação toma mais corpo e a região ganha a Casa Loli (Rua Lord Cochrane, 101), em Santo André. A partir da circulação das pessoas, Pedro Maltempi, 21, grande colaborador do local, sugeriu a Loli dar, de fato, espaço para que os amigos se apresentassem.

Tudo começou em maio, com várias manifestações artísticas. Foram quatro bandas regionais e exposições de artes visuais, como pinturas a óleo, lambe-lambe, HQs e prints. Desde então, o local, sem fins lucrativos, recebe diversos nomes que precisam de uma vitrine para mostrar suas criações.

“Já sentia necessidade de espaços antes mesmo da Casa Loli, mas no primeiro evento ficou gritante a carência de locais alternativos, tanto para os artistas como para o público”, explica ela.

Loli avisa que a Casa está também aberta para outros tipos de intervenções. “Em julho, por exemplo, recebemos o coletivo feminista Régia, que promoveu um aquecido debate sobre a questão da mulher”, afirma.

Amante da arte de Glauber Rocha, Brunel, Kubrick, Haneke e Almodóvar, entre outros da sétima arte, a comunicadora pensa em, com o tempo, oferecer sessões de filmes até viradas cinematográficas. “Outra ideia é fomentar a questão literária, teatral, enfim, reunir todas as formas e tribos artísticas mesclando o novo com o velho.” Há mais informações sobre no Facebook Casaloliespacocultural).

HOJE
A veterana Patife Band toca na Casa Loli a partir das 18h. As entradas, para pagar os custos da ‘festa’, custam R$ 15. O grupo, ícone da cena pós-punk paulista, surgiu em 1984, criado por Paulo Barnabé (voz e percussão).

Da relação com a região, ele se recorda de quando teve trio com Arrigo Barnabé e Itamar Assumpcão, “em 1975, quando moramos em Eldorado, Diadema, em uma chácara”. O propósito, segundo ele, era montar repertório para apresentações em casas alternativas de São Paulo.

Hoje, na Patife Band, o artista é acompanhado por Felipe Brisola (contrabaixo), Elvis Toledo (bateria) e Fabio Gouvea (guitarra). A banda se apresenta na região após um ano e, segundo o cantor e compositor, traz no setlist“músicas novas e repertório do (disco) Corredor Polonês”, lançado em 1987. O artista avisa que, em breve, a Patife Band lançará EP com material inédito nas plataformas digitais e internet.




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