O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), pediu ontem ao secretário estadual da Saúde, David Uip, que o governo do Estado dobre o valor do repasse de auxílio no custeio do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini.

Atualmente, o Palácio dos Bandeirantes colabora com R$ 960 mil mensais. Para a Prefeitura de Mauá, a quantia adequada gira em torno de R$ 2 milhões, uma vez que o município não tem condições de arcar sozinho com o equipamento e também pelo fato de receber pacientes de outras cidades, como Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

“O governo do Estado ainda nos deve R$ 5 milhões de parcelas em atraso do ano passado. Neste ano, a transferência está regular, mas há essa pendência do ano passado. Acredito ser possível aumentar o repasse. Saí da reunião otimista”, disse Atila.

Gerido pela FUABC (Fundação do ABC), o Hospital Nardini passa por problemas na relação com os funcionários. Muitos foram demitidos que alegam não terem recebido os valores da rescisão. O governo mauaense tenta reduzir a quantia do contrato com a FUABC – hoje o município despende R$ 15 milhões e quer cortar para R$ 12 milhões ao mês.

Outros itens integraram a pauta de pleitos de Mauá a David Uip. Atila quer retomar os atendimentos, via SUS (Sistema Único de Saúde), de hemodiálise na cidade, bem como defendeu a descentralização da farmácia de alto custo, que hoje funciona exclusivamente no Hospital Mário Covas, em Santo André.

“O retorno do serviço de hemodiálise é até um pedido do presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP). A questão da farmácia de alto custo é uma bandeira que travo desde a época em que era deputado estadual”, adicionou o chefe do Executivo.

Acompanharam o prefeito na reunião com David Uip o secretário de Saúde de Mauá, Márcio Chaves (PSD), e o superintendente do Hospital Nardini, Vanderley da Silva Paula.