Economia Titulo
Fazenda altera previsão de déficit de 2019 de R$ 65 bi para R$ 139 bi
15/08/2017 | 20:19
Compartilhar notícia


O governo ampliou as previsões para o déficit do governo central também nos anos de 2019 e 2020. Para 2019, a previsão passou de uma expectativa de déficit de R$ 65 bilhões para déficit R$ 139 bilhões. Em 2020, a previsão passou de um superávit de R$ 10 bilhões para déficit de R$ 65 bilhões.

Nesta noite de terça-feira, 15, o governo divulgou que pedirá ao Congresso Nacional a ampliação das metas de 2017 e 2018 para déficit R$ 159 bilhões, um aumento do rombo de, respectivamente, R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. Com isso, mesmo com a manutenção das metas de resultado das estatais federais e Estados e municípios, a meta para o setor público consolidado passou de déficit de R$ 143,1 bilhões para R$ 163,1 bilhões em 2017 e de R$ 131,3 bilhões para R$ 161,3 bilhões em 2018. Para 2019, o valor passou a déficit de R$ 137,8 bilhões e, em 2020, déficit de R$ 51,8 bilhões.

A nova meta do governo central de 2017 passará de 2,07% do PIB para 2,4% do PIB. Em 2018, vai de 1,78% para 2,23% do PIB. Em 2019, o valor chegará a 1,8% do PIB e, em 2020, 0,78% do déficit.

Para o setor público consolidado os déficits representarão 2,46% do PIB em 2017, 2,26% do PIB em 2018, 1,79% do PIB em 2019 e 0,62% do PIB em 2020.

Justificativas

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, justificou o aumento das metas de déficit fiscal também em 2019 e 2020 pela revisão dos saldos dos dois anos anteriores. Com uma base menor nas receitas, a expectativa passa a ser de arrecadação menor também nos anos seguintes.

Em relação a 2017, Meirelles citou a frustração com a arrecadação da repatriação e com o novo Refis. "Hoje esperamos um número um pouco menor do Refis pelas negociações em andamento no Congresso", acrescentou. "Isso leva a uma queda total de projeção de receita primária em R$ 42 bilhões".

Meirelles lembrou que há uma queda sistemática da arrecadação em porcentual do PIB desde 2008. Um dos motivos, segundo o ministro, é a mudança na composição da economia brasileira. "Este ano houve crescimento do setor agrícola, que tem tributação menor. Indústria decresce e tem tributação maior. Setor de serviços também está crescendo e tem tributação menor", completou.

O ministro ressaltou que há um esforço do governo para reduzir despesas. "Tem havido um esforço grande de contenção, com queda da receita em porcentual do PIB", afirmou.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;