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Cadê a música popular brasileira?
Do Diário do Grande ABC
15/08/2017 | 11:16
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A música brasileira tem perdido, ao longo dos anos, um time incomparável de artistas que fizeram nossa história. Quem nunca parou para cantar e lembrar de momentos com Tim Maia, Renato Russo, Cazuza, Gonzaguinha, Elis Regina, Raul Seixas, Belchior, Luís Melodia e tantos outros? Será que até hoje não nasceu mais nenhum talento como eles? O que temos hoje na nossa música?

O que vemos são cantores solo ou bandas que cantam em inglês. Pasmem! Pedem coisas novas, músicas com mensagens, de qualidade, brasileira. Se o cantor gravar uma ou outra música em outra língua, nada de errado, mas não me diga que quer novos talentos para a MPB que cantem em inglês. Não há mais, com raras exceções, artistas de qualidade, não há mais um Cazuza, um verdadeiro poeta da música. Hoje, o que vale é o que rende mais. Essa história de qualidade é jogada de marketing de alguns para não morrer na praia.

Muitas de nossas rádios sobrevivem com músicas antigas. Por onde andam nossos Osvaldos (Montenegro), Chicos, Nandos, Caetanos, Djavans, Gils e Betânias? Quando teremos de volta nossos Cazuzas, Renatos, Chorãos (CBJr), Tims e afins? Por que, no nosso Rock in Rio, praticamente só tem músicos do Exterior, e quase nada do nosso pop e rock? Como sediamos um evento como esse e não temos artistas para mostrar? Será que realmente não temos uns tantos escondidos por aí, mas que não encontram a oportunidade? Falta um olhar, uma aposta, naquilo que temos de mais lindo na música: a melodia da MPB, as letras que encantam, a empatia do artista com o público, mas pela qualidade.

Parece brincadeira lançar artista. Vem a figura em um programa de televisão, conta uma historinha, chora e arrebenta com uma verdadeira porcaria de música e some. E assim segue. E o artista com música boa, com mensagens, será que realmente não tem? Talvez esse seja difícil fazer sucesso num País onde a vulgaridade é que está na boca desses jovens, que estão crescendo e aprendendo como destratar uma mulher. 

É, resta-nos a saudade de um tempo em que a Cultura era coisa séria. Ouvíamos músicas junto com nossos filhos sem medo de influenciar. Hoje, crianças cantam e dançam (com gestos obcenos, inclusive) com aprovação dos adultos. Nas festas tocam essas músicas, não temos nada novo para mostrar, estamos à mercê de um povo que não quer talento, quer rendimentos. Nós nos contentamos com nossos CDs e vinis antigos, que ajudam a abafar um pouco a falta de qualidade à qual somos obrigados a conviver, já que há alguns anos só temos dois ritmos que dominam na música popular brasileira. Triste. 

Maristela Prado é formada em Letras e responsável pelo blog ‘As Letras da Vida’.

Palavra do leitor

Avenida dos Estados

 Apesar de já ter externado neste espaço minhas considerações a respeito dos problemas da Avenida dos Estados, nenhum órgão manifestou-se, por isso a insistência. Preocupa-me o voo solo do prefeito Paulo Serra na busca de dinheiro para obras na Avenida dos Estados, via que passa por quatro municípios: São Paulo, São Caetano, Santo André, terminando em Mauá. Nesse sentido creio que enquanto não houver esforço coletivo não haverá consórcio que venda o Grande ABC. Louvável a instalação de escritório do Consórcio na Capital Federal, mas enquanto os prefeitos ficarem apreciando a degradação do que resta da tal avenida não haverá saída. Reforço citar o esforço do alcaide andreense, mas seus parceiros no cenário estão de costas para problema de imenso tamanho o governador não emite um único sinal, como se o assunto não fosse com ele.  

Roberto Gomes da Silva

 Santo André

Noite agitada 

 Senhor Orlando Morando, por que em São Bernardo a coleta de lixo sê dá de madrugada? Além do barulho do caminhão, da gritaria absurda dos coletores, eles ainda colocaram aparelho sonoro no caminhão, que resulta em total e absurdo desrespeito às pessoas! Cadê a lei do Programa Noite Tranquila!

Laura Pimenta

 São Bernardo

Reforma

 Mesmo com o País atravessando a maior crise econômica de sua história, com o desemprego atingindo números estratosféricos e com as contas públicas apresentando rombo milionário, nossos nobres parlamentares continuam ignorando a realidade e apresentando propostas de reformas surrealistas. A última foi a da comissão da reforma política que, não satisfeita com os recursos de mais de R$ 800 milhões do fundo partidário, propôs para financiamento de suas campanhas fundo público de R$ 3,6 bilhões. A vergonha na cara parece que passou longe de nossos políticos.

Vanderlei A. Retondo

Santo André

Sangrada

 Não é necessário ser grande economista para saber que se o governo gasta mais do que arrecada, simplesmente as contas não fecham. Não basta também o País crescer, o governo privatizar empresas e ao fim do mês seu saldo ficar abaixo do esperado. O governo vive pedindo sacrifício da população, que não aguenta mais pagar carga tributária pesadíssima sem receber nada em troca. Deveria o governo também reservar valor para ter saldo positivo, como faz a maioria das pessoas com seus parcos salários. Como melhorar essa economia se cada vez que o governo precisa fazer reforma, votar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) é obrigado a comprar o voto dos parlamentares? Essa gente acostumou-se ao toma lá dá cá e nem fica vermelha ao sangrar o País. Caberá à sociedade estar atenta a esses movimentos e cobrar das excelências nas urnas. 

Izabel Avallone

 Capital

  

Jordanópolis

 Há quase 30 dias foi solicitado, por meio da rede fácil, a recuperação da travessia de pedestre sobre o Ribeirão dos Couros no fim da Avenida São Paulo, no bairro Jordanópolis, em São Bernardo, e até o momento continua na mesma. A motivação de tornar pública a solicitação é no sentido de denunciar o descaso e, ao mesmo tempo, dizer que há ferramenta chamada ‘ZUP’, que foi pensada no governo passado com a finalidade de gerar eficiência na execução das reivindicações de moradores em prazo de 72 horas, coisa que a gestão atual nada está fazendo nesse sentido por ausência de orientação administrativa. É mais um governo estilo tucano que não deixará saudade a ninguém.

Gércio Vidal

 São Bernardo

Deficit

 Quando a atual equipe econômica assumiu, achou que poderia cortar gastos como se estivesse na economia privada. Cortou despesas, mas esbarrou na máquina, que, blindada, não existe governo que destrave. Podem mexer com o povo, aumentando impostos, mas esse ‘povo da máquina pública’ jamais. Resultado? O governo precisou agora declarar deficit de R$ 20 bilhões acima da meta estipulada, de R$ 139 bilhões para 2017. Fazendo exercício de imaginação, em qual estratosfera nosso deficit estaria se a ex-presidente Dillma ainda estivesse no poder? Em 2010 ela afirmou gostar de ‘Estado forte’? Portanto, sem mudar as regras que protegem o funcionalismo, com todas as mordomias, nepotismo etc, não existe equipe econômica primeiro mundista que dê jeito! Mudança total e irrestrita nas leis do funcionalismo. Só se fará com alteração total dos atuais parlamentares. Em 2018 será nossa chance!

Beatriz Campos

 Capital




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