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Escolas e UBS em Mauá viram alvo de criminosos

Furto de fios de cobre deixa três estabelecimentos sem energia e prejudica população do Jardim Zaíra

Bia Moço
Especial para o Diário
15/08/2017 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 Em raio menor do que um quilômetro, duas escolas – uma estadual e outra municipal – e uma UBS (Unidade Básica de Saúde) foram alvo de criminosos em Mauá, no bairro Jardim Zaíra, na manhã de ontem. Em todas o objetivo foi o de furtar fios de cobre. A ação dos criminosos prejudicou em parte as aulas e o atendimento na UBS, porque as dependências estavam às escuras.

Na Escola Municipal Maria Rosemary de Azevedo, o clima de manhã não foi agradável até que se certificassem de que o ambiente estava, de fato, seguro. Funcionários ouvidos pela equipe de reportagem do Diário disseram que, a princípio, acharam que a luz havia acabado. Somente se deram conta do furto quando verificaram que a caixa elétrica estava toda quebrada e sem os fios.

Às 7h, o portão do colégio municipal ainda estava fechado, enquanto professoras e coordenação vistoriavam os ambientes. Boa parte dos alunos voltou para casa com seus pais, mas as aulas não foram suspensas.

O caso não foi diferente na Escola Estadual Professora Ezilda Nascimento Franco. Na caixa de luz, localizada em frente ao portão, era possível observar que ela havia sido deteriorada.

No portão que dá acesso à entrada, um comunicado escrito à mão, avisava que não havia energia, mas que as aulas permaneciam normais.

Alunos que não quiseram se identificar, com idades entre 13 e 15 anos, disseram que os pais foram chamados e aqueles que preferiram, levaram os filhos embora. No entanto, a maioria ficou e assistiu às aulas apenas com a luz do dia.

Familiares disseram que a situação é triste, pois quem faz este tipo de ação prejudica a própria comunidade – onde boa parte não tem onde deixar os filhos.

A UBS Zaíra 3 deu continuidade aos atendimentos, levando equipamentos e medicamentos que precisavam de refrigeração a outra unidade próxima.

Pacientes que estavam saindo do local disseram que enquanto houvesse claridade o atendimento não seria prejudicado. A preocupação era depois das 17h, quando começa a escurecer.

O comerciante Sidney Sabela, 48 anos, que trabalha no bairro há 30, disse que não há patrulhamento da GCM (Guarda Civil Municipal) no local, e que o bairro tem sofrido com a violência e a falta de vigilância. “Todos os dias um comércio é arrombado, aumentando a sensação de insegurança.”

A Prefeitura de Mauá informou que o efetivo da GCM tem ampliado patrulhas por toda a cidade, dando ênfase nas proximidades de equipamentos municipais. Ainda segundo a administração, equipes foram encaminhadas aos locais para fazer os reparos no início da tarde de ontem e até hoje a situação seria normalizada.

A Secretaria de Educação de Mauá informou ainda que tem ampliado a parceria com as polícias Civil e Militar para aumentar o patrulhamento dessas forças em áreas onde é registrado maior número de ocorrências na cidade.

Os casos foram registrados no 4º DP de Mauá (Jardim Zaíra). O delegado responsável, José Geraldo Santos de Lima, disse que a investigação trabalha para encontrar os criminosos.

 




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