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Prefeitura de Santo André remove mobiliários para iniciar reforma de unidades
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
08/08/2017 | 07:00
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 Uma semana após o fechamento de sete unidades de Saúde de Santo André para reforma, a Prefeitura ainda não iniciou as obras para modernização dos espaços. A justificativa, segundo o poder público, é a necessidade de se remover todo o mobiliário e arquivo dos espaços para começar as intervenções. O fechamento das unidades chegou a causar polêmica, pois havia o temor de sobrecarga na rede, uma vez que mais de 2.000 atendimentos diários tiveram de ser transferidos.

O governo andreense reforça a necessidade e a importância da ação. Conforme a administração municipal, os equipamentos que terão a estrutura revitalizada se encontravam com paredes mofadas, portas quebradas e outros problemas. “A US (Unidade de Saúde) Campestre, por exemplo, no início do ano teve de ser fechada por infestação de pulgas. Além disso, para a informatização da rede, as intervenções são necessárias nessas unidades para viabilizar passagem de cabeamento e outras demandas elétricas”, informou, em nota.

Tapumes cercam as unidades fechadas. Para minimizar os transtornos, a municipalidade afixou avisos informando as localizações mais próximas que podem ser utilizadas. A grande reclamação é em relação à falta de informação. Pacientes ainda procuram por atendimentos nestes locais. Foi o que ocorreu ontem, quando a equipe de reportagem do Diário percorreu as unidades. A doméstica Edilzuita Silva Araújo, 66 anos, foi até a UBS Parque Novo Oratório para medir a pressão, como faz semanalmente. “Também precisava marcar um médico. Tinha ouvido um comentário que estava fechado, mas não tinha certeza. Acredito que precisava de reforma, porque até chovia dentro, mas precisava ter avisado antes.”

Além da unidade no Novo Oratório, outras seis estão fechadas temporariamente para as reformas – Campestre, Vila Humaitá, Parque das Nações, Bom Pastor, Jardim Santo André e Vila Vitória (Centro de Especialidades III). A Prefeitura começa a entregar as reformas a partir de agosto de 2018

Alguns munícipes também reclamam da falta de necessidade de reforma em alguns equipamentos. É o caso da atendente de caixa Michele Cristina Pereira de Souza, 29, moradora do Jardim Santo André. Segundo ela, a UPA do bairro estava praticamente nova. “Precisei levar meu filho na Vila Luzita, onde fiquei quase três horas esperando. Tinha muita criança”, disse. A previsão é que a entrega seja feita em setembro de 2018.

A Prefeitura afirmou que o aviso aos usuários com consulta marcada começou a ser feito na semana do anúncio do programa, mas uma porcentagem de 3% dos pacientes não atenderam as ligações. “Além disso, há parte da demanda que não procura a unidade com hora marcada, ou seja, é demanda espontânea, que vai ao equipamento para acessar a farmácia, tomar vacina ou para outro procedimento sem hora marcada. Por isso, além das ligações, as unidades possuem placas informativas com a indicação da unidade mais próxima.”

O programa Qualisaúde prevê modernização em toda a rede, incluindo qualificação profissional, informatização e humanização. A mudança vai possibilitar implementação de novo padrão de atendimento, como prontuário eletrônico e dispensa de medicamentos por código de barras.

 




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