Funcionários de empresa de varrição falam em cruzar os braços
O serviço de varrição de ruas em Diadema pode parar no começo da próxima semana. O Siemaco ABC, sindicato que representa a categoria na região, protocolou ontem documento na Prefeitura diademense informando que os funcionários estão em estado de greve por falta de salários, e admite paralisar os serviços até terça-feira caso não haja regularização dos vencimentos. A queda de braço envolve principalmente o Consórcio Peralta-Construrban, responsável pela limpeza dos logradouros em Diadema. A empresa acusa o governo do prefeito Lauro Michels (PV) de não pagar pelos serviços executados desde que ela ingressou na cidade – o contrato passou a valer em fevereiro. Segundo a firma, o calote chega a R$ 4,82 milhões e pode aumentar no dia 15, quando vence nova fatura. Assim, não possui condições financeiras de arcar com a folha de colaboradores. No começo da tarde, o consórcio comunicou o Paço que iria paralisar hoje as atividades por falta de pagamento. Caso isso acontecesse, o reflexo seria sentido imediatamente, já que há feiras livres programadas para esta manhã e a limpeza das ruas ficaria prejudicada. O governo, então, convocou uma reunião com a companhia para hoje de manhã. A expectativa é de acerto – ou pelo menos a construção de cronograma de pagamento. Segundo o Siemaco ABC, o pagamento dos funcionários tem de cair na conta ainda hoje. Mas diretores da empresa estiveram na sede do sindicato informando a ausência de recursos para honrar com os contracheques. “Dentro disso protocolamos um documento hoje (ontem) no departamento de limpeza pública (de Diadema) e também na empresa esclarecendo que se não tiver o pagamento amanhã (hoje) poderemos entrar em greve”, disse Roberto Alves, presidente do Siemaco ABC. São 180 trabalhadores envolvidos. Na quarta-feira, o Diário mostrou que o Consórcio Peralta-Construrban (união das firmas Peralta Ambiental e Construrban Logística Ambiental) reclamava do calote do Paço e também da falta de diálogo com a Prefeitura. A administração não se pronunciou sobre o caso.

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