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Congresso pede para investigar autoridades eleitorais da Venezuela
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02/08/2017 | 14:55
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A Assembleia Nacional da Venezuela decidiu nesta quarta-feira solicitar à Procuradoria Geral que investigue as autoridades eleitorais pela suposta adulteração dos resultados da votação para eleger os membros da Assembleia Constituinte. A notícia é um novo elemento a provocar tensão no país, horas antes da convocação da Constituinte pelo governo.

A maioria opositora do Congresso aprovou em uma sessão especial, sem a presença dos deputados governistas, uma solicitação nas próximas horas ao Ministério Público para que sejam abertas investigações penais contra os diretores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) por "inflar" o número de eleitores. A decisão foi tomada após a empresa de tecnologia informática eleitoral Smartmatic sustentar que ocorreu uma alteração nos resultados da votação de domingo.

"O resultado que se anunciou foi fraudulento", afirmou o presidente do Congresso, Julio Borges. Segundo ele, não somente houve "fraude" na convocação da Assembleia Constituinte, mas "a eleição foi fraudulenta".

Vice-presidente do Congresso, o deputado Freddy Guevara pediu que o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, se pronuncie sobre os acontecimentos surgidos contra o processo eleitoral do domingo. Em meio à crise política, as Forças Armadas se converteram em um dos principais sustentáculos do governo do presidente Nicolás Maduro.

No domingo, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, anunciou que 8 milhões de pessoas participaram da votação.

A primeira-dama Cilia Flores, eleita para a Assembleia Constituinte, anunciou que nesta quinta-feira será instalada a Constituinte, na sede do Legislativo, com 545 delegados.

A procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, que rompeu com o governo, e o Congresso não reconhecem o resultado da votação. A oposição diz que apenas 3,5 milhões de eleitores participaram e que muitos deles foram forçados a votar, sob ameaças, como funcionários públicos e beneficiários de programas estatais.

Mais de 20 países, entre eles os Estados Unidos, disseram que não reconhecem a votação. De Londres, o diretor-geral da Smartmatic, Antonio Mugica, disse nesta quarta-feira que houve uma discrepância de 1 milhão de votos entre os números de participação anunciados pelo governo e o registrado em seus sistemas. Fonte: Associated Press.




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