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Elevadores já funcionam em terminais

Metra coloca equipamentos em uso; apenas um, no Ferrazópolis, ainda segue com problemas

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
26/07/2017 | 07:00
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 Quatro dos cinco elevadores adquiridos pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e instalados em quatro terminais metropolitanos do Grande ABC (Santo André/Oeste, Diadema, Ferrazópolis e Piraporinha) entraram em operação na sexta-feira, um dia após o Diário cobrar os envolvidos – orçados em R$ 1,4 milhão, os elevadores entraram em funcionamento depois de sete meses do prazo previsto inicialmente.

Os equipamentos, que integram projeto de acessibilidade dos espaços, foram energizados e colocados em uso pela Metra, empresa responsável pelo sistema de trólebus que corta cidades do Grande ABC.

Até o momento, apenas um ainda apresenta defeito, o do Terminal Ferrazópolis. Segundo funcionários ouvidos pela equipe de reportagem do Diário, o problema na porta apareceu logo após a liberação de uso. Funcionários ainda disseram que poucos usuários notaram que os equipamentos estão em funcionamento, até pelo fato de que estavam habituados a não usar o recurso, que sempre esteve barrado.

Para o técnico em hemoterapia Luís Chierotto, 68 anos, o elevador ligado no Terminal Diadema foi uma surpresa. Ele teve paralisia infantil aos 9 meses e, desde então, tem dificuldades no movimento das pernas. “Sempre subia as escadas, mas depois colocaram a rampa e passei a usá-la. Mas ter o elevador é muito bom, pois acessibilidade é tudo”, diz ele, que trabalha na Capital e usa diversas conduções diariamente.

Ele ainda explica que na cidade o que mais falta é um olhar para os deficientes, e afirma que muitas vezes tem de passar pelo corredor do trólebus, arriscando a vida, para poder chegar ao destino. “As calçadas são ingrimes. Pensam muito na entrada de comércio, na rampa do cadeirante, mas no meu caso, precisaria de uma calçada reta para que possa me equilibrar e andar. O mais urgente para nós, com deficiência, é o piso das calçadas, que não tem nivelação. Isso está em dívida para nós”, explica.

Não foi diferente com o aposentado Roberto Rayu, conhecido como Gringo, que aos 73 anos sofre de artrose na coluna e precisa da muleta para andar. “Ligaram o elevador? Vou trazer um bolo para comemorar. Faz muito tempo que tem uma plaquinha dizendo ‘em manutenção’. Sempre questionei como algo que nunca havia sido inaugurado estaria arrumando. É sempre bom uma melhoria, ajuda muito”, comemora.




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