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Instalados pela EMTU há sete meses, elevadores seguem fechados

Orçados em R$ 1,4 mi, equipamentos deveriam
estar em operação desde o fim do ano passado

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
21/07/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Instalados no fim do ano passado em quatro terminais metropolitanos do Grande ABC (Santo André/Oeste, Diadema, Ferrazópolis e Piraporinha) cinco elevadores adquiridos pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) – ao custo de R$ 1,4 milhão – estão, há sete meses, parados. Os equipamentos integram projeto de acessibilidade dos espaços, no entanto, atualmente são usados por moradores de rua como abrigo.

A instalação dos aparelhos, iniciada no ano passado, beneficia cinco dos nove terminais metropolitanos da EMTU. Dos seis elevadores adquiridos, um foi instalado no Terminal Santo André/Oeste, dois no Ferrazópolis, em São Bernardo, um no Diadema e um no Piraporinha, e, por fim, outro no espaço de São Mateus, na Capital.

Passados sete meses da entrega dos equipamentos, alguns já apresentam sinais de sucateamento, como é o caso do elevador do Terminal Santo André/Oeste. No local, dois moradores em situação rua fizeram do acesso ao aparelho um abrigo. Na porta do elevador, coberta com banner, um deles utiliza o espaço para realizar refeições e dormir, conforme constatado pela equipe do Diário ontem à tarde.

Nos outros equipamentos instalados em terminais do Grande ABC, embora as obras tenham sido concluídas no fim do ano passado, todos os elevadores possuem aviso declarando que os acessos ainda estão em “implantação”.

“Como podem estar em implantação se desde o ano passado o pessoal terminou a obra e o elevador está pronto para ser utilizado?”, questiona a ambulante Ester Lopes, 61 anos.

Funcionários dos terminais ouvidos pela equipe de reportagem do Diário relatam o descaso da EMTU e da Metra com a situação. “Eles sequer deram satisfação para nós de quando vai começar a funcionar, e também não fizeram a sinalização para podermos levar com segurança um cadeirante”, relata uma colaboradora que atua no equipamento do Piraporinha, em Diadema.

Para o aposentado Osvaldo Pisani, 85, que na terça-feira utilizou o Terminal Ferrazópolis, em São Bernardo, só resta à população ter paciência com o “ritmo lento do poder público”. “Ninguém quer saber se tenho problema no joelho e preciso subir a passarela para pegar trólebus, mesmo tendo restrições para isso”, desabafa.

Segundo a EMTU, os elevadores aguardam liberação da Metra, empresa responsável pelo sistema, para que possam iniciar sua operação. A concessionária, por sua vez, sem citar o motivo que culminou no atraso, promete para hoje a abertura dos equipamentos aos usuários.




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