Há pouco, aliados do presidente admitiram no Congresso que não haverá quórum de 342 deputados em plenário para votar a denúncia nos próximos dias como era intenção inicial do presidente Temer, que dizia ser preciso virar essa página o mais rápido possível. "(Tínhamos a intenção de ser) O mais cedo possível e quem vai determinar isso é quem tem de colocar quórum e não somos nós", afirmou Padilha.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assume a Presidência do País em caso de afastamento de Temer, vem sinalizando que concorda com o entendimento de que é preciso presença de 342 deputados na sessão para começar os trabalhos e ressaltou nos últimos dias que colocaria o tema em votação com pelo menos 450 presentes na Casa.
Segundo Padilha, essa é a posição pessoal do presidente Rodrigo Maia, que o governo tem que respeitar. "Nós temos de nos resignar com a posição dele, ele que comanda a pauta", afirmou. Questionado se não haveria por parte do Executivo uma tentativa ao menos de diálogo para tentar convencer Maia a rever a posição, Padilha afirmou que "possivelmente haverá".
O ministro da Casa Civil ressaltou ainda que o governo conta com uma "vitória magistral" para derrubar a denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Padilha negou ainda que o governo "ficará sangrando" até agosto caso a apreciação da denúncia seja mesmo adiada. "Estamos tendo vitórias. Ontem, tivemos a questão da titulação (de terras), a Reforma Trabalhista. O governo está trabalhando e vai continuar", afirmou.
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