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Palavra do leitor
Do Diário do Grande ABC
30/06/2017 | 11:25
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Artigo

Pois é. Já acabou. Passaram-se os primeiros seis meses de 2017, acredita? Sei que acredita porque deve estar igual a mim se tinha depositado tantas esperanças de que as coisas iam melhorar. Não pulei sete ondinhas, porque não deu. Quando o ano virou eu estava aqui na cidade, em situação bem esquisita. Mas à meia-noite projetei bons pensamentos, acreditei até em milagre; como era horário de verão, por via das dúvidas, repeti tudo de novo à 1h. Acompanhei fogos coloridos da janela, vi pela TV um monte de gente jogando astral para cima, de branquinho, fazendo promessas, jurando o velho amor eterno.

Temo que não tenhamos nos concentrado direito, porque nada rolou exatamente como gostaríamos. O milagre não rolou. O eterno não existe. A coisa toda está inclusive até mais enroscada: a situação do País tiririca, aquele que pior fica. Especialmente porque não temos nada/ninguém que preste para tapar o buraco.

Da próxima, precisamos ficar mais juntos, mais abertos às boas energias. Proponho que a gente tente agora, para fazer, algo, dia 30 de junho, para 1º de julho – a Grande Comemoração do Réveillon do segundo semestre.

Réveillon tem origem no verbo réveiller; em francês, e quer dizer ‘acordar’ ou ‘despertar’; ‘reanimar’. Perfeito. Tudo que precisamos agora. Nos reanimarmos. Para irmos às ruas, batalhar para que parem essa cantilena que não aguentamos mais e que tanto tem nos prejudicado. Concentrem-se bem!

É. Sei o quanto de coisas temos a pedir. Comecei a fazer lista aqui e me impressionei, fiquei até cansada de tantas providências que deveria tomar que me passaram na cabeça. Tantas mágoas a esquecer. Tantas resoluções que infelizmente já sei que não vou conseguir seguir porque são aquelas que reaparecem em todas as listas há anos.

Já os pensamentos coletivos, se nos esforçarmos, podem ser mais exatos, caprichados: que acabe o desemprego, que os juros abaixem, que tomem vergonha na cara, que parem de agir como piratas saqueadores. Que parem de querer se meter nas nossas vidas, legislando sobre os nossos corpos e mentes, que deles sabemos nós. E como sabemos se somos nós, as mulheres!

Temos mais seis meses para chamar de nossos em 2017. Chegamos aqui, nem dá para reclamar tanto, embora estejamos meio avariados. Nesses que passaram tomei várias mordidas, tropecei em muitas calçadas, pisei em poças. Dá para fazer igual ao fim do ano, quando a gente fica fazendo balanço e inventário. Vamos lá.

Que o segundo semestre seja novo despertar. Pronto, está vendo? Capricha no desejo que a Terra vai correr de novo de uma extremidade a outra do diâmetro da órbita. Outra chance.

Marli Gonçalves é jornalista.

Palavra do leitor

Orlandinho

Confesso que dia 28 foi difícil pegar o meu exemplar do Diário na garagem de casa. Ao ver a triste notícia, da partida de Orlando Filho, fiquei parado por alguns instantes, até acreditar no que a capa estampava: Orlando havia perdido a batalha. Vai ser muito difícil, mas só nos resta aceitar essa passagem. Caro, Orlandinho, ainda me lembro do nosso dia a dia, naquela improvisada sede da regional ABC do Diário Popular, na Rua Xavier de Toledo. Você e o sempre sorridente Paulão. Lembra-se? Agora, parece-me que vocês vão estar juntos de novo, né? Você sempre foi excelente profissional, dedicado, prestativo, ser humano incrível, bom amigo... Saiba que o Diário escolheu boas fotos suas para lhe homenagear, viu! E foi merecida homenagem. Topo da capa e mais uma página inteira, com belos textos no Setecidades. Raras vezes vi uma homenagem dessas. Mas, cá entre nós, você também era uma pessoa rara, daquelas que a gente se enche de orgulho de ter conhecido e convivido. Deixo aqui meus parabéns ao profissionalismo do Diário e à sensibilidade de pessoas como Daniel Tossato, Evaldo Novelini, Claudinei Plaza, Fernandes, Raphael Rocha, Ademir Medici e os demais colaboradores. Já deixas muitas saudades, meu amigo. Descanse em paz!
Ronaldo Martim
Santo André

À deriva

Em São Bernardo a coisa na Saúde está complicada. Há exames preventivos feitos em março, que seriam diagnosticados pelo laboratório Labclin – que já não presta mais serviços ao município – e estão à deriva, nenhuma unidade sabe dos exames, assim, deverão ser feitos novamente e outros também. Atitude impensada. Pior é que ninguém da Saúde quer falar a respeito. E, ainda, continua a falta de medicamentos nas unidades. Cadê o conselho de saúde da Câmara? Os vereadores sabem de alguma coisa?
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Vacilão

Pô, Michel, que vacilada tu deste! Essas tratativas, conversas com ‘bandidos’, como o senhor trata Joesley Batista agora, não se fazem pessoalmente. És ‘macaco velho’ nesses assuntos, tens gente que faz isso por ti, sem que sujes as mãos. Lembra-te do Porto de Santos lá pelos idos de 1990, quando conseguiste indicar para presidência da Codesp Wagner Rossi, um chegado seu? Então, deu tudo certo, o cara conseguiu provocar rombo de R$ 120 milhões e ficou tudo por isso mesmo. A coisa foi benfeita. Mas agora vacilas, não é? Um dia a casa cai.
Nelson Mendes
São Bernardo

Não cai!

Dois fatos me dão a certeza de que Temer não cai. O primeiro é que político só teme o povo na rua. Não esse povo convocado e remunerado pela esquerda que o orienta a vandalizar, mas aquele povo que infelizmente deixou de encher as ruas com suas bandeiras verdes e amarelas. O segundo fato é o de que o Planalto abriu sua caixinha de bondades e negocia votos favoráveis visando a rejeição da denúncia no Congresso. Conhecendo a avidez de nossos parlamentares por benesses e a falta de clamor popular podemos concluir que, se não houver mudança no cenário, Temer não cai e nós, o povão, vamos pagar novamente a conta.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Aumento de impostos?

Conforme noticiado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que se for necessário irá aumentar os impostos, que já consomem perto de 35% do PIB brasileiro (Economia, ontem). Na verdade, essa afirmação não causou surpresa diante do caótico cenário atual de crises econômica, política e moral que o País atravessa. Há anos o consultor econômico Raul Veloso já vinha alertando que 60% a 70% do Orçamento federal eram para pagar salários do serviço público e benefícios, o que era totalmente fora da nossa realidade. Ele também alertou que algo deveria ser feito com urgência, pois sobrava muito pouco para investir internamente. Enfim, deu no que deu!
Edgard Gobbi
Campinas (SP)

Acordo

Não consigo entender por que ministros do STF gastam tanto tempo discutindo assunto que é de clareza absoluta: quando duas partes celebram acordo para atender interesse de ambas, ainda mais quando é feito por vias judiciais, ele é definitivo e tem que ser cumprido na integralidade para que produza efeitos desejados quando da celebração. Qualquer questionamento a acordo só poderia ser feito antes de ele ser formalizado. Será que alguém com mínimo de inteligência, ética e senso de justiça pode pensar de maneira diferente?
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro 




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