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Três cidades da região aderem ao Criança Feliz

Em um primeiro momento, 850 vagas serão assistidas – 600 em Sto.André, 150 em Rio Grande e 100 em S.Caetano

Por Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
30/06/2017 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


O programa Criança Feliz, do governo federal, deve ter início em três cidades do Grande ABC a partir de agosto. A ação é direcionada ao acompanhamento de crianças com até 3 anos beneficiárias do Bolsa Família e as de até 6 anos que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Conforme o Ministério do Desenvolvimento Social, são 850 vagas no total, sendo 600 em Santo André, 150 em Rio Grande e 100 em São Caetano. O valor mensal destinado para as três cidades juntas é de R$ 42.500. “Caberá aos municípios realizar a seleção e contratar supervisores e visitadores domiciliares”, informou a Pasta, em nota.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social terminou ontem a primeira etapa de capacitação para 46 municípios da Região Metropolitana. O intuito do programa é acompanhar e orientar as famílias sobre os cuidados com as crianças por meio de profissionais capacitados, os quais farão visitas domiciliares periódicas.

“Este é o ponto-chave do programa, treinar e capacitar os agentes ligados à assistência social que vão visitar estas pessoas. Eles vão fornecer orientação, cuidados e verificar o peso da criança, carteira de vacinação, se ela está bem nutrida e as condições em que vive. Além disso, vão verificar se elas estão incluídas em demais programas”, afirmou o secretário da Pasta, Floriano Pesaro.

Ele também destacou o valor de R$ 7,7 milhões destinado ao fundo das cidades, além dos R$ 9 milhões no Programa Viva Leite, que atende 17 mil crianças nos três municípios. “No fundo, o ponto-chave do programa é levantar as demandas não atendidas e preparar as ofertas de forma a atendê-las integralmente”, completou.

No Jardim Santo André, em Santo André, a família de Priscila Teles Pereira, 27 anos, é uma das beneficiárias do Bolsa Família que se enquadram no perfil de famílias do Criança Feliz. Ela recebe valor mensal de R$ 257, única renda, já que ela e o marido estão desempregados. Os dois moram em um barraco com filho de 4 anos e filha de 10 meses. “Se não fosse o Bolsa Família íamos passar muita dificuldade. Também cuido do meu pai, que está com problema na perna e não consegue andar. Basicamente compro as fraldas e comida.” As crianças estão com as vacinas em dia e ainda não estudam, sendo que a expectativa é mandar o mais velho para a pré-escola em 2018.

PREFEITURAS
Apesar de o Ministério de Desenvolvimento Social incluir Mauá no programa, com valor ofertado mensal de R$ 5.000 e 100 vagas, a Prefeitura não aderiu ao Criança Feliz.

“A rede de proteção social de Mauá está em processo de reorganização, o que envolve todos os equipamentos. A adesão não seria compatível neste momento. No entanto, a administração Um Novo Tempo reconhece a importância e o valor do Criança Feliz”, informou a administração, em nota.

Santo André confirmou a participação no projeto e na capacitação do Estado que discutiu a “operacionalização do programa nas cidades que aderiram”.

São Bernardo informou, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, que não aderiu em razão da adaptação das questões estruturais e orçamentárias. As demais cidades não se manifestaram sobre o assunto até o fechamento desta edição. Conforme o ministério, serão abertas novas adesões ao programa até o fim deste ano.
(Colaborou Andressa Claudino) 




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