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Por que roncamos?

Característica durante o sono também existe entre os mamíferos de maneira geral

Luís Felipe Soares
25/06/2017 | 07:07
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O ato de roncar é resultado de uma agitada respiração das pessoas no momento em que dormem. Como o ar inspirado viaja como um turbilhão por nossas vias respiratórias, pode ser que o fluxo da substância não seja laminar, ou seja, passando por algum tipo de área com complicação com barreira ou obstáculo em seu caminho pelo corpo humano. O barulho específico representa esse estreitamento das vias respiratórias durante o período de sono e acaba sendo uma característica natural de algumas pessoas – que pode incomodar quem está ao redor.

Tanto bebês, crianças, jovens quanto adultos e idosos de ambos os sexos são capazes de ter essa habilidade. Estudos indicam que o ronco é duas vezes mais comuns entre os homens, com os números aumentando com aqueles com mais de 50 anos. A ação não é exclusiva dos seres humanos, uma vez que mamíferos de maneira geral podem fazer barulho durante a respiração no momento de descanso.

Alguns fatores são apontados como as causas principais para o desenvolvimento do hábito de roncar. Entre eles estão o desvio de septo nasal (uma parede constituída por osso e cartilagem que separa a narina direita da esquerda), amígdalas volumosas, retroposicionamento da língua (quando ela fica muito ao fundo da garganta), micrognatia (em pessoas com mandíbula pequena) e obesidade. O uso de determinados remédios também contribui para o desenvolvimento do barulho.

Há tratamentos que identificam os motivos do ronco e tentam corrigí-los. Uso de aparelho especiais quando se dorme, perda de peso e procedimentos cirúrgicos aparecem como opções para alguns casos tratados sob a supervisão de um médico especialista.

Um caso mais complicado envolve a chamada apneia do sono, quando pequenas pausas respiratórias ocorrem quando dormimos. Além do ronco, os pacientes lidam com malefícios como sonolência diurna, irritabilidade e deficits de atenção.

Nayra Silva Santos, 10 anos, de Rio Grande da Serra, enviou pergunta porque deseja saber os motivos da existência desses barulhos durante o sono para compreender melhor o que se passa com alguns de seus parentes. “Meu padrasto e meu cunhado roncam muito”, revela a menina.

Consultoria de Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista, otoneurologista e chefe do grupo de pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. 




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