Política Titulo Revisão
Paço estuda cortar contrato na Saúde ao considerar má prestação de serviço

Governo Paulo Serra diz que relação custo-benefício
com empresa a Ghelfond Diagnóstico não é viável

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/06/2017 | 07:04
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Celso Luiz/DGABC


O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), cogita rescindir contrato na Saúde ao considerar má prestação do serviço na rede pública. Dentro da proposta de pente-fino sobre vínculos firmados por gestões anteriores, a administração reanalisa que a relação custo-benefício, por exemplo, com a Ghelfond Diagnóstico Médico não é viável para a cidade. São dois termos de parceria assinados junto à empresa – o primeiro em vigência desde 2013 –, para serviços técnicos especializados de exames e diagnóstico, além de ressonância magnética para o CHM (Centro Hospitalar Municipal).

O trabalho realizado pela Ghelfond em Santo André gera faturas de quase R$ 1 milhão ao mês. Questionada sobre a situação, a Prefeitura reconheceu, por nota, que está “reavaliando a viabilidade econômica do contrato frente à qualidade do serviço, que tem sido alvo de inúmeras reclamações por parte dos usuários”. “Nossa preocupação e compromisso são com a transparência total dos gastos e a qualidade do serviço”, pontuou o Paço, acrescentando que existem penalidades previstas em caso de verificação de irregularidades, que vão de multa de até 3%, dependendo da transgressão, como atraso na entrega dos serviços e inexecução parcial ou total do vínculo.

Há informações de bastidores de que a empresa tem cobrado com veemência dívidas deixadas pelas gestões passadas. Apenas do exercício de 2016, último ano do governo Carlos Grana (PT), existem pendências da ordem de R$ 3,7 milhões com a Ghelfond. A companhia, aliás, repassou doação à campanha de reeleição de Grana – foram R$ 2.000, por meio de uma sócia da terceirizada.

A atual administração alegou que já “efetuou o pagamento de R$ 4,51 milhões”, incluindo aproximadamente R$ 1 milhão relativo a dezembro. O Paço admitiu, no entanto, que resta passivo de R$ 1,41 milhão, referente a serviços prestados neste ano – uma parte a abril e do mês de maio.

Antes de assumir o Paço, Paulo Serra adiantou que congelaria os débitos anteriores devido às dificuldades financeiras da Prefeitura, sob alegação de voltar pagar em dia a partir de seu mandato. O tucano publicou decreto que trata sobre renegociação do passivo até 2020. Os atendimentos prestados pela Ghelfond são realizados de acordo com a demanda de urgência e encaminhamentos da rede.

Paulo Serra ponderou que o governo tem feito revisão de todos os contratos na cidade, visando “prestação de serviços de qualidade”. Segundo ele, os novos termos serão firmados com ferramentas de fiscalização para que a gestão tenha controle total da quantidade e qualidade. “A nossa proposta é voltar a pagar em dia, mas que essa situação também signifique transparência.”

O Diário não localizou os proprietários da Ghelfond. 




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