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Campos lança frente antidrogas no Estado

Deputado estadual vê processo no STF como possibilidade de liberação da maconha e cocaína

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
09/06/2017 | 07:19
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Divulgação


O deputado estadual Campos Machado (PTB) lançou ontem a Frente de Combate à Liberação da Maconha e Cocaína, em evento realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, na Capital. O principal foco da campanha, de acordo com o parlamentar, é a conscientização sobre os riscos do uso de drogas. A intenção da frente é percorrer todos os municípios do Estado de São Paulo. “Pretendo levar essa iniciativa para todas as cidades e solicitar às prefeituras que criem órgãos para tratar dos viciados. Inclusive, tentarei falar com os prefeitos do Grande ABC para propor este trabalho”, afirmou Campos Machado, durante a atividade no Parlamento paulista.

Na visão do petebista, a motivação principal do instrumento é reagir à possibilidade de liberação das duas drogas. “Há um processo preocupante no STF (Supremo Tribunal Federal), com relatoria do Luis Roberto Barroso, que trata da possibilidade da liberação da maconha e da cocaína para liberar vagas nas cadeias. É uma ideia absurda e se não fizermos nada poderemos ser surpreendidos com a liberação dessas drogas. Isso é uma bomba atômica em cima da família. Por isso decidi convocar a sociedade e as entidades relacionadas ao assunto para fazermos uma frente”, explicou o deputado.

Em fevereiro, o ministro Barroso defendeu a legalização da maconha como forma de aliviar a crise do sistema penitenciário brasileiro. Segundo o magistrado, a medida desmontaria o tráfico de drogas e, com isso, o número de condenados diminuiria. Barroso afirmou que, se a experiência desse certo com a maconha, seria o caso de legalizar também a cocaína.

Campos Machado, por sua vez, fez críticas também ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pela atuação na Cracolândia. “Acho que ele sonhou demais ou foi precipitado, diferentemente do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que falou que a operação seria o primeiro ato apenas. Na minha opinião precisa fazer trabalho de conscientização, inteligência da polícia e depois fazer trabalho social”, defendeu o petebista.

O deputado acredita ainda que a internação compulsória pode ser uma alternativa dentro do contexto de enfrentamento do problema. “A polícia está preocupada com a situação dos viciados e não dá para esperar internação voluntária e, se for à força, os direitos humanos reclamam e quem paga a conta é a sociedade”, finalizou.

O evento de ontem na Assembleia contou também com a presença de especialistas na área da Saúde e da comunicação. 




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