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Por que o sapo cospe veneno?

Líquido tóxico é capaz de causar irritações e outros desconfortos em seus alvos

Por Tauana Marin
11/06/2017 | 07:02
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Arquivo pessoal


A liberação do veneno nos sapos e rãs é um mecanismo de defesa. Eles lançam esse líquido quando se sentem ameaçados ou incomodados, o que causa a impressão de estarem cuspindo. 

Na realidade, todos os sapos e rãs têm capacidade de ‘soltar’ veneno, mas uns são tóxicos e outros não. Esse líquido é produzido pelo próprio organismo, por meio de bolsas especiais chamadas de glândulas, localizadas abaixo da pele. Ao serem pressionadas, causam irritações e outros desconfortos ao predador ou a quem estiver por perto. Normalmente, essas glândulas estão distribuídas por todo o corpo, mas, em algumas espécies, como no sapo-cururu, se concentram atrás dos olhos. 

As espécies mais venenosas do Brasil são encontradas na Floresta Amazônica e, geralmente, são coloridas, como, por exemplo, o sapinho-ponta-de-flecha.

Os sapos, assim como as rãs, fazem parte do grupo dos anfíbios e têm como principal característica a dependência direta da água ou ambientes úmidos. Eles possuem capacidade de respirar pelos pulmões utilizando o oxigênio ou por meio da pele, quando estão na água. Isso é possível porque contam com camada de pele fina e úmida, que facilita a passagem do oxigênio na respiração. 

Os anfíbios são também chamados de animais de sangue frio, pois adequam a temperatura corporal de acordo com o clima.

Sapos chegam a viver 12 anos e nascem de ovos gelatinosos depositados pelas fêmeas na água (rios, riachos, lagos ou lagoas). Como os ovos não possuem casca, é necessário que fiquem na água durante o desenvolvimento. Após o nascimento, são chamados de girinos, e só saem adultos para a terra.

Leandro Raimundo Tomaz, 10 anos, de Rio Grande da Serra, já viu um sapo de perto, mas não ousou colocar a mão. “Não é um animal doméstico, por isso tenho medo de me envenenar. Acho os sapos perigosos.”

Consultoria de Eli Carlos dos Santos, biólogo aprimorando do setor de répteis, anfíbios e invertebrados da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. 




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