A CPI do Lixo, em São Bernardo, aprovou a convocação do ex-secretário de Serviços Urbanos e candidato derrotado a prefeito em 2016 pelo PT, Tarcisio Secoli. O depoimento acontecerá no dia 21 de junho.

A intenção da comissão é indagar o petista sobre a demora para a remediação da área que era ocupada pelo lixão do Alvarenga e que abrigaria a usina de incineração de resíduos.

“O Tarcisio deu sequência ao contrato no período em que era para ser dado início à remediação da área e à construção da usina de incineração. Temos base para indagá-lo sobre isso e saber as razões de a obra não ter acontecido e ainda vamos questionar se foram feitos pagamentos por parte da Prefeitura”, defendeu o presidente da CPI, o vereador Ary de Oliveira (PSDB).

Os trabalhos da comissão ficarão concentrados entre os fatos ocorridos a partir de 2013, segundo ano do contrato e quando estariam previstos os primeiros pagamentos para as duas obras, e 2016, quando a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) arquivou o processo de licenciamento da usina.

Na sessão de ontem, o ex-secretário de Serviços Urbanos Sebastião Ney Vaz Júnior (PT) prestou oitiva e afirmou que, enquanto foi titular da Pasta, entre 2011 e 2012, a Prefeitura efetuou apenas os pagamentos dos serviços do contrato.

Segundo Ney Vaz, a proporção era de 80% fixos e 20% conforme a prestação de atividades como coleta de lixo e limpeza urbana.

Ainda de acordo com o ex-secretário, a escolha do terreno que abrigaria a usina obedeceu a estudos de localização e atendeu à necessidade de recuperação do antigo lixão.

A CPI também colheu depoimento do ex-titular de Administração José Agnaldo Beghini de Carvalho. A comissão marcou o depoimento de Ângelo Teixeira de Castro Carvalho, diretor-presidente da SBC Valorização para agosto. Outro nome que será convocado é Carlos Leal Villa, presidente do Grupo Solví, empresa que administra a holding da qual a SBC Valorização faz parte.