Os prefeitos do Grande ABC compareceram ontem na eleição do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo, realizada na Capital, que terá o chefe do Executivo paulistano, João Doria (PSDB), como novo representante, escolhido por unanimidade. O órgão tem como alvo criar instrumentos de planejamento para formulação de ações conjuntas entre os 39 municípios do grupo. Com a participação, os gestores da região, a maioria também do tucanato, esperam estreitar a relação com Doria e destrinchar propostas nas divisas.

Criado em 2011, o órgão pouco teve destaque de projetos até agora, embora tenha representante, inclusive do governo do Estado, Edmur Mesquita, subsecretário de Assuntos Metropolitanos. Os chefes de Executivo da região estudam retomar ideia de abrir cadeira à prefeitura de São Paulo no Consórcio Intermunicipal. “É possível, faz sentido talvez para pontuar questões de projetos específicos. O problema na Avenida dos Estados, por exemplo, é um caso. O próprio Doria demonstrou preocupação”, disse o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), ao reiterar que a via de acesso que corta Capital, São Caetano e finaliza em Mauá “está desmanchando”. “Foi muito importante e tenho certeza que vão sair boas parcerias.”

Paulo Serra parafraseou o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), ao mencionar os problemas integrados entre as cidades. “Para evitar enchente no Mercadão, na Capital, você faz piscinão em Mauá. As soluções são metropolitanas. Esse exemplo diz muita coisa.”

Chefe do Paço de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB) pontuou o papel do conselho deliberativo para discussão de programas em parceria, inclusive, na Educação. “É a possibilidade de trazer ao debate interesses de municípios limítrofes. Neste primeiro encontro, a pauta ainda é incipiente, com grande parte de prefeitos novos. Depende muito do empenho de cada um”, alegou. Presidente do Consórcio, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), citou ter convicção da contribuição que o órgão fará com ações de planejamento aos municípios. “O momento exige cada vez mais aglutinação de forças e grupos eficientes para a efetivação de planos concretos”, disse.