Bairro tem entulho espalhado nas calçadas; serviço de coleta é inferior à demanda
“Lixo de rico é luxo de pobre.” Enquanto o morador e autor da frase, Wilson Varella, 52 anos, tenta fazer a “panela ferver” e tirar do lixo o seu sustento, os entulhos se acumulam nas calçadas da Avenida Paranapanema, no Campanário, em Diadema. A atitude dele reduz parte do problema que afeta pedestres do bairro.
Quem tenta circular pela calçada na altura do número 1.000 precisa desistir e dividir a avenida com veículos. As inúmeras madeiras, garrafas, sacos plásticos e até um colchão de casal ocupam o espaço destinado aos pedestres. “Estou pegando lixo, mas estou sobrevivendo e não roubo nada. Pego garrafas PET, garrafas de vidro, além de plástico duro”, afirma Varella, que há um mês e meio anda com carrinho de supermercado recolhendo o que considera viável.
O trabalho diminui a chance de dengue, de aparecimento de ratos e baratas nas casas e é contraponto ao serviço de coleta de entulho que não passa de acordo com a demanda alta do bairro. “O governo tinha de organizar o pessoal para ter área de descarte e não atrapalhar a ida e vinda da população”, considera.
O comerciante Geazi Soares, 22, contou que a Prefeitura leva o serviço de recolhimento de entulho ao Campanário uma vez por mês, quando o descarte é intensificado. Além disso, carros são vistos deixando de tudo no espaço.“Não é sempre que acontece (serviço de cata-bagulho). Aqui está assim há 15 dias. Acho errado, pois as pessoas passam ali na calçada”, conta.
A Prefeitura de Diadema não se pronunciou até o fechamento desta edição.
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