Cultura & Lazer Titulo Especial
De São Bernardo para o mundo

Rafael de Barros apresenta espetáculo
circense domingo na região e segue para Europa

Por Vanessa Soares Oliveira
26/05/2017 | 07:00
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Ariane Artioli/Divulgação


Quando faz o que se ama, qualquer objeto, situação e cenário servem de inspiração. O artista circense natural de Santo André Rafael de Barros, 30 anos, uniu o gosto pela música e a paixão pelo circo e criou o espetáculo Chorinho de Uma Roda Só.

Morador de São Bernardo, onde sua carreira começou, o artista escolheu a cidade para realizar a pré-estreia do show, que será realizado domingo, a partir das 14h, no Parque Raphael Lazzuri (Avenida Kennedy, 1.111). A entrada é gratuita. “São Bernardo foi onde eu descobri que queria fazer teatro para o resto da vida, então estrear aqui é muito simbólico para mim”, conta.

Reconhecido, inclusive internacionalmente, Barros utilizou o cavaquinho e o monociclo (bicicleta de uma roda só tradicional no circo) para dar vida ao espetáculo.

Inspirado pelo cinema e seguindo o estilo de palhaço tramp (como Charles Chaplin), o artista apresenta na trama, que quase não tem falas, um palhaço carregador de bagagens que perambula com seus únicos bens: uma carroça com alguns poucos objetos e um cavaquinho. Está com fome e sem dinheiro, perdido no espaço e no tempo e busca sair dessa dificuldade criando um espetáculo. Porém, a carroça velha não ajuda, quebra e perde uma roda, transformando-se em um monociclo.

Mas o que parecia o fim da linha transforma-se em nova possibilidade e grande desafio: apresentar um show em uma roda só. Entre um salto e outro, o palhaço agora tenta equilibrar-se em seu novo monociclo, ao mesmo tempo em que toca Brasileirinho no cavaquinho. Se conseguir tal façanha, essa é a primeira vez que se ouve falar do número na história do circo. “A ideia é fazer como uma intervenção. Juntei essas duas ideias e acrescentei a figura do palhaço”, explica o artista.

No fim das apresentações, Barros convida a plateia para um bate-papo sobre o processo criativo do espetáculo. “Sugiro uma conversa sobre as referências utilizadas, o desenvolvimento do projeto e uma reflexão sobre os processos criativos circenses latino-americanos”, acrescenta.

Após a pré-estreia na praça, o espetáculo – que foi contemplado pelo Proac (Programa de Ação Cultural) e tem apoio da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) – segue temporada por diversas estações de trem, incluindo a Celso Daniel, em Santo André, no dia 1º de junho, às 16h, entre outras na Capital. “Acredito que os espetáculos nas estações são capazes de marcar o imaginário das pessoas que por ali passam. Agora, esse caminho, muitas vezes rotineiro, ganha outro significado”, afirma.

Das plataformas das estações, Chorinho de Uma Roda Só segue para o picadeiro do Circo Spacial (Avenida Atlântica, 2.800), em São Paulo, e depois cruza o oceano e fica uma temporada na Europa. 




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