Política Titulo Diadema
CPI de firma fundo de quintal convocará sogro de empresário

Rosalvo França foi apontado pelo genro como responsável pela empresa, mesmo sem ser sócio

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
25/05/2017 | 07:00
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A CPI da firma de fundo de quintal, na Câmara de Diadema, identificou o nome do sogro do dono formal da construtora Mendonça e Silva, Orisvaldo José da Silva, que apontou o parente como responsável por questões administrativas da empresa, mesmo não sendo sócio na companhia. A comissão chegou ao empresário Rosalvo Santos França, que agora será convocado a prestar esclarecimentos à Casa.

No dia 5, em depoimento à CPI, que investiga contratos da firma sem licitação de quase R$ 1 milhão com o governo do prefeito Lauro Michels (PV), Orisvaldo disse desconhecer trâmites básicos sobre convênios com o poder público e indicou o sogro como encarregado desses processos. Mesmo se negando a revelar nomes, ele disse que o parente é quem tinha conhecimento sobre o capital de giro da firma e do BDI (Benefício e Despesas Indiretas) – índice utilizado para calcular o orçamento das obras – de sua própria empresa.

O Diário apurou que Rosalvo é sócio majoritário em outra construtora com sede na cidade, a Empreiteira Diadema. Além dele, são donos da empresa Maria Mendonça França, mãe de Amélia Mendonça França da Silva (mulher de Orisvaldo), e Edson José da Cruz. Para os integrantes da CPI, esse último é a mesma pessoa apontada por Orisvaldo apenas como “engenheiro Edson”, fiador técnico pelas obras contratadas. “Existe uma relação que não está clara, como esse fato de o responsável técnico da Mendonça e Silva ser sócio em outra empresa. É preciso que se explique melhor essas relações, certamente de promiscuidade”, criticou Josa Queiroz (PT), relator da CPI.

CPI DA CONTEX
Em meio às negociações entre o Paço e partidos que integram o blocão de oposição, a segunda reunião da CPI da Contex, que ocorreria ontem, não aconteceu. A comissão apura possíveis irregularidades em contratos com a Azyal Construções Civis. “A gente achou melhor (cancelar a reunião e) esperar os documentos solicitados à Prefeitura para fazermos os questionamentos corretos”, justificou o oposicionista Cícero Antônio da Silva, Cicinho (PRB), presidente da comissão. A firma, também conhecida como Contex, é do tucano Jerri de Souza. 




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