Rosalvo França foi apontado pelo genro como responsável pela empresa, mesmo sem ser sócio
A CPI da firma de fundo de quintal, na Câmara de Diadema, identificou o nome do sogro do dono formal da construtora Mendonça e Silva, Orisvaldo José da Silva, que apontou o parente como responsável por questões administrativas da empresa, mesmo não sendo sócio na companhia. A comissão chegou ao empresário Rosalvo Santos França, que agora será convocado a prestar esclarecimentos à Casa.
No dia 5, em depoimento à CPI, que investiga contratos da firma sem licitação de quase R$ 1 milhão com o governo do prefeito Lauro Michels (PV), Orisvaldo disse desconhecer trâmites básicos sobre convênios com o poder público e indicou o sogro como encarregado desses processos. Mesmo se negando a revelar nomes, ele disse que o parente é quem tinha conhecimento sobre o capital de giro da firma e do BDI (Benefício e Despesas Indiretas) – índice utilizado para calcular o orçamento das obras – de sua própria empresa.
O Diário apurou que Rosalvo é sócio majoritário em outra construtora com sede na cidade, a Empreiteira Diadema. Além dele, são donos da empresa Maria Mendonça França, mãe de Amélia Mendonça França da Silva (mulher de Orisvaldo), e Edson José da Cruz. Para os integrantes da CPI, esse último é a mesma pessoa apontada por Orisvaldo apenas como “engenheiro Edson”, fiador técnico pelas obras contratadas. “Existe uma relação que não está clara, como esse fato de o responsável técnico da Mendonça e Silva ser sócio em outra empresa. É preciso que se explique melhor essas relações, certamente de promiscuidade”, criticou Josa Queiroz (PT), relator da CPI.
CPI DA CONTEX
Em meio às negociações entre o Paço e partidos que integram o blocão de oposição, a segunda reunião da CPI da Contex, que ocorreria ontem, não aconteceu. A comissão apura possíveis irregularidades em contratos com a Azyal Construções Civis. “A gente achou melhor (cancelar a reunião e) esperar os documentos solicitados à Prefeitura para fazermos os questionamentos corretos”, justificou o oposicionista Cícero Antônio da Silva, Cicinho (PRB), presidente da comissão. A firma, também conhecida como Contex, é do tucano Jerri de Souza.
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