Política Titulo Após derrotas em 2016
Novos presidentes do PT buscam resgate das bases
Felipe Siqueira
especial para o Diário
15/05/2017 | 07:27
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Os novos presidentes municipais do PT do Grande ABC têm como principal foco conversar com a militância novamente, visando, principalmente, as eleições de 2018. O partido vem de um pleito, o de 2016, desastroso na região – não elegeu prefeitos.

O discurso, agora, é para reverter o cenário desfavorável criado depois da lista de derrotas. A primeira iniciativa, para o presidente do PT de Santo André, Zé Paulo Nogueira, deve ser organizar o partido, fazer planejamento e, de forma qualificada, iniciar os trabalhos. “Faremos oposição qualificada. Os eleitores de Santo André elegeram outro projeto e nos quis na oposição.”

Além disso, para ele, é preciso já abrir o processo eleitoral para poder-se saber quem pretende ser candidato em 2018, para se organizar. Dentre as análises necessárias, Zé Paulo pensa que não é preciso grande reformulação, mas reflexão dos erros cometidos em governos anteriores, principalmente o de Carlos Grana (PT). “Foi derrota de forma vexatória”. Também para ele, o contato com a militância deve ser reaproximado. “(O PT) Estava muito burocratizado. Faltava presença, trabalho de base.”

Para o mandatário da legenda em São Caetano, Márcio Della Bella – que foi reeleito presidente petista –, a eleição do ano que vem não deve ser o maior objetivo. “Talvez (ter tido eleições como principal foco) tenha sido o problema do PT”, falou. “E importante, mas não é o principal”, completou.

Para o chefe petista de Ribeirão Pires, Renato Foresto, que disputou a Prefeitura da cidade no ano passado, o primeiro passo foi dado por ele ter sido nome único na disputa. “Fizemos uma união”. Ele também acredita que é preciso se reaproximar da militância e ir para mais núcleos de bairro, para aumentar o contato com os cerca de 1.400 filiados da cidade, de acordo com ele.

Em Rio Grande da Serra, Almeida Freire pensa que a questão não é só do PT, mas, sim, da esquerda brasileira como um todo. “O PT nasceu nos movimentos social e sindical. O sindicato, quando pega o discurso da mídia, é de queimação aos movimentos sociais. É muita crítica em cima de partido, sindicato, até igreja.”  




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