Proposta aceita pelos funcionários inclui
ajuste conforme inflação e R$ 11,8 mil de PLR
Em assembleia realizada ontem na fábrica andreense da Bridgestone, os trabalhadores foram favoráveis à proposta de reajuste salarial e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) feito pela pneumática.
O acordo, com data base em junho, inclui a reposição salarial de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Segundo o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, a projeção é de 3,5% para o mês em questão.
Também está incluso o valor de R$ 11,8 mil de PLR – R$ 800 a mais do que o último acordo –, sendo R$ 9.000 pagos em junho e, o restante, em dezembro, conforme metas de produção, além do reajuste de 20% no valor do vale-alimentação, que passará a ser de R$ 120.
No entanto, segundo o presidente do sindicato, Márcio Ferreira, “por conta da ameaça da reforma trabalhista, o ponto mais difícil de negociar com a empresa foi a manutenção da cláusula que impede a terceirização na empresa”, que, no fim das contas, foi mantida.
Outro item incluso foi o reajuste do 14º salário, que é dividido em classes. Cada categoria de trabalhadores deve trabalhar entre 70 horas e 100 horas para ter o direito de recebê-lo, e a proposta aceita aumentou em cinco horas cada grupo.
Dado o cenário econômico da região, o sindicato considera este acordo uma vitória, por assegurar a reposição da inflação. Na fábrica da Bridgestone em Santo André há aproximadamente 3.000 empregados.
Em nota, a pneumática afirma que o acordo “reflete o compromisso da Bridgestone em estabelecer diálogo permanente e buscar uma negociação visando resultados que beneficiem todas as partes envolvidas”.
PIRELLI - Em junho de 2016, os cerca de 1.700 funcionários da Pirelli, que também possui fábrica em Santo André, aceitaram acordo de reajuste salarial de 7,5%, antecipação da primeira parcela do 13º salário em janeiro deste ano e PLR de R$15 mil, sendo R$ 14 mil em abril e o restante em janeiro de 2018, conforme o atingimento de metas.
A proposta também inclui a reposição integral da inflação correspondente ao período de 1º de junho 2016 a 31 de maio de 2017, aplicado em janeiro de 2018, conforme explica o sindicato. Por este motivo, não haverá nova proposta de reajuste salarial neste ano.
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