Já foram 17 acessos na carreira, contando com o conseguido terça-feira com o São Caetano, à elite do Campeonato Paulista. Ainda assim, o técnico Luís Carlos Martins permite se emocionar e ficar com olhos marejados. Aos 61 anos, o choro contido do treinador assim que o Azulão venceu o Rio Claro, por 3 a 0, garantindo volta à elite e vaga na final da Série A-2, tem uma explicação: a cobrança sobre seus ombros era gigantesca.

No comando do São Caetano desde setembro de 2014, Martins sempre colocou o time na parte de cima da tabela mas, nas últimas temporadas, tanto o técnico como o clube ficaram marcados por refugar nos momentos decisivos. Foi assim nas quartas de final do Brasileiro da Série D de 2015, na Série A-2 do mesmo ano e, principalmente, na divisão de acesso do ano passado, quando fez a melhor campanha da primeira fase e foi eliminado pelo rival Santo André, que entrou no mata-mata na oitava posição.

“Eu estava me cobrando muito. Precisava subir o São Caetano. Nós batemos duas ou três vezes na trave, fizemos belas campanhas... Em 2014 quando cheguei, o São Caetano disputou a Série A-2 e infelizmente quase caiu, dependeu de outros resultados. Assumi o time em momento difícil, as coisas não estavam indo bem. Depois começaram a clarear, arrumamos a casa, não trouxemos nenhum medalhão para cá, (os jogadores) são todos simples, mas com vontade. Não fizemos loucura, trabalhamos em cima do grupo, da humildade”, explicou.

Martins sempre foi muito sincero com os atletas. Depois do acesso ele revelou conversa que teve com o grupo durante a pré-temporada em Águas de Lindóia. “Tínhamos de disputar a competição, estar atentos, nos cuidar, dormir cedo, nos alimentar bem, não falar da vida dos outros, ter união, determinação, fé e confiança. Quem não estivesse satisfeito não precisaria ficar. Tivemos de entender que o clube vinha em momento difícil, a camisa do São Caetano é muito forte, nós temos respeito grande pela cidade, pelo torcedor. Foi isso que passei. O grupo foi bem tranquilo”, garantiu.

O comprometimento do elenco, aliás, é visto pelo técnico como fundamental na conquista do acesso. Questionado sobre o que ele considerou decisivo na campanha do Azulão, Martins não titubeou. “A união do time e o trabalho. Nunca tivemos problema com falta, com noitada, a concentração foi forte e a confiança que eles tiveram no trabalho. Acho que isso foi fundamental”, ressaltou Martins.

Aliviado, o treinador minimizou a importância da final da Série A-2, amanhã, às 19h30, contra o Bragantino, no Estádio Anacleto Campanella. “A decisão para mim foi hoje (terça-feira), que teve a conquista do acesso. Lógico que quero ganhar, mas tem todo aquele relaxamento. O importante para todos foi subir”, finalizou.

Ingressos para a final da Série A-2 estão à venda por R$ 5 e R$ 10

Já estão à venda os ingressos para a decisão da Série A-2, entre São Caetano e Bragantino, amanhã, às 19h30, no Anacleto Campanella. A diretoria do Azulão manteve o preço do bilhete em R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) para todos os setores, inclusive para as cadeiras cobertas e visitantes.

Hoje, há quatro pontos de venda, sendo o principal na AD São Caetano (Rua Eduardo Prado, 8, bairro Cerâmica), que funciona das 11h às 17h. Os bilhetes ainda estão disponíveis na Vadinho Esportes, Shalako Calçados e na Revistaria do Ponto. Amanhã, a bilheteria do Anacleto Campanella abre a partir das 16h30.

TIME

Reequilibrando as energias depois de celebrar o acesso, o elenco do São Caetano faz hoje, a partir das 9h, no Anacleto Campanella, o último treino antes da final contra o Bragantino. O técnico Luís Carlos Martins não tem desfalques.