Artigo

Desde 2008, mais de 5 milhões de acidentes de trabalho foram registrados no Brasil, de acordo com dados do governo federal. Trata-se de resultado que coloca o País em quarto lugar no ranking mundial, ficando atrás apenas de China, Índia e Indonésia. Para mudar esse cenário, a fiscalização está cada dia mais rigorosa dentro de qualquer empresa. Nesse sentido, é fundamental que as empresas estejam cientes da NR-12 (Norma Regulamentadora – 12), documento que determina as regras para a segurança do trabalho de operadores de equipamentos. Criada em 1978, a legislação já sofreu mais de dez alterações ao longo dos anos. E para o próximo ano outras mudanças estão previstas.

Uma delas foi publicada recentemente no DOU (Diário Oficial da União), em que traz as novas regras referentes à fiscalização. Uma delas é o estabelecimento de prazos pela equipe de auditores fiscais para possíveis adequações. Essa notícia é muito positiva para a indústria em geral, pois estipula prazos sem a necessidade de emitir infração imediata, por exemplo. Vale ressaltar que este é assunto muito sério e deve ser levado em consideração. Quando pensamos em segurança, logo imaginamos utensílios espalhados pela fábrica com o intuito de prevenir acidentes. Contudo, é muito mais que isso, pois tratamos diariamente com a valorização da vida de milhões de pessoas.

Se as empresas não seguirem determinações da NR-12, por exemplo, a linha de produção pode ser lacrada, multada, processada pelo INSS e sofrer série de ações jurídicas. Todo equipamento deve ser seguro para o operador ou qualquer pessoa que tenha contato com a máquina. Diversas empresas são fornecedoras de soluções de segurança com produtos e serviços em conformidade com a NR-12, podendo atingir até a categoria 4 de segurança.

Em posse da análise de risco, é importante auxiliar os clientes no levantamento dos esquemas pneumáticos e elétricos (as built) das máquinas. No desenvolvimento de projetos seguros, adequação/implantação/execução do serviço de adequação, gestão do projeto de implementação, bem como a emissão da ART dos serviços realizados. Além disso, é importante que a indústria forneça soluções de segurança de produtos, como válvulas para bloqueio, exaustão, bimanuais, atuadores com travas mecânicas entre outros; sistemas de paletização em conformidade com NR-12, NR-10 e NR-17; fornecimento de servoprensa contemplando: software, controle, hardware e mecânica; capacitação à NR-12, por meio de curso com carga horária de oito horas, visando promover ao espectador conhecimento a respeito da norma regulamentadora 12 e suas implicações.

Myrian Reis é consultora de desenvolvimento de novos negócios da empresa Festo.

Palavra do leitor

Igrejas

No dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador e de São José Operário, a maioria das igrejas católicas estava fechada. Eu e a maioria dos católicos, cristãos, não concordamos com isso. Está certo que é preciso cumprir a legislação trabalhista, mas é preciso também encontrar solução imediata. De seis paróquias que visitei, três estavam fechadas. Fiz uma porção de telefonemas e não fui atendido. Estavam fechadas. E a gente reclama que os cristãos estão se afastando, indo para outras denominações. É lamentável. Onde estão os quase 200 padres que administram as 100 paróquias?
Antonio Dalto
São Bernardo

José Dirceu

Aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), um pedido. Não soltem também José Dirceu. Seria mais um tapa na cara do povo brasileiro, roubado e espoliado por um dos principais mentores deste projeto diabólico de poder, tendo Lula como executor, com o assalto assombroso aos cofres públicos que resultou no comprometimento do futuro deste País. Destruiu destinos e sonhos de milhões de brasileiros. Será premiado, justo ele, com a liberdade? Que exemplo e que mensagem vossas excelências estarão querendo passar a este já tão sofrido, amargurado e desiludido povo?
Eliana França Leme
Capital

Pesquisa

Datafolha divulga nova pesquisa, afirmando que Lulla aumenta intenções de voto que pouco ultrapassam 30% (Política, ontem). Prova que petistas tradicionais até podem reconhecer a corrupção de seu mandatário, mas a cegueira sobre a ética e moral continuam.
Beatriz Campos
Capital

Sífilis

O Diário publicou mais uma reportagem de interesse para a saúde pública, destacando o aumento dos casos de sífilis na região (Setecidades, dia 30). A matéria assinada pela competente jornalista Vanessa de Oliveira trouxe dados de todas as cidades do Grande ABC, com exceção de São Caetano. Infelizmente não é a primeira vez que isso ocorre, tanto que recentemente enviei um e-mail ao jornal externando a minha preocupação, pelo fato de não constar em determinada matéria os dados de São Caetano. A jornalista Vanessa, de forma muito cordial, respondeu que, apesar de terem sido solicitados, os dados não foram enviados. Levei essa situação ao Conselho Municipal de Saúde, com o objetivo de alertar a gestão da importância em se fornecer os dados solicitados pelo jornal e dessa forma podermos ser bem informados, sobre a situação de saúde no município. Mesmo sabendo que a nossa saúde pública municipal não tem motivos para esconder dados, mesmo porque apresenta bons níveis, nós, usuários, temos o direito de saber. De nada adianta termos uma secretária de Saúde competente se ela não estiver bem assessorada. Assessores que não conseguem fornecer dados simples, como os solicitados sobre sífilis, precisam ser substituídos.
Roberto Canavezzi
São Caetano

Greve geral

O que era para ser uma ‘greve geral’, em nível nacional, acabou se tornando espetáculo de atos isolados de muita baderna e violência (Setecidades, 29). Em muitas cidades brasileiras nem mesmo se sentiram os efeitos de tal greve, e os atos se concentraram mais nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. A tão divulgada greve geral no País, que aconteceu na sexta-feira, tinha como foco principal se opor às mudanças na (Consolidação das Leis do Trabalho), que já estão em votação no Senado, e na aposentadoria, em tramitação na Câmara de Deputados. Na realidade, o que deveria ser um protesto virou atos de vandalismo, de depredação e envolvimento político. Com isso, a repercussão poderá ser ao contrário da intenção, conseguindo a antipatia da população. Tomara. Vergonha total. Fizeram esta bagunça para chamar atenção das perdas dos sindicatos pelegos e não dos trabalhadores. Até quando, Brasil?
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Reforma previdenciária

É inegável que alguns ajustes precisam ser feitos na Previdência, especificamente no setor público, onde aproximadamente 1 milhão de beneficiários, muitos dos quais recebem aposentadorias astronômicas para o padrão brasileiro, custam o mesmo que quase 40 milhões de aposentados da iniciativa privada. Há uma diferença brutal no valor do benefício pago para as duas classes e é injusto penalizar mais uma vez os trabalhadores da iniciativa privada. Estabelecer idade mínima de 65 anos para aposentadoria trará é um risco social muito grande, pois temos 14,2 milhões de desempregados e mais 1 milhão de jovens tentando entrar no mercado por ano. Caso aprovada essa regra, com retração econômica e sem geração de empregos, os jovens terão menos oportunidades e serão facilmente aliciados para atividades ilícitas. Na outra ponta, os que estão acima de 45 anos encontrarão enormes dificuldades em conseguir nova colocação. Somado a tudo isso, teremos um exército de jovens e pessoas acima de 45 anos sem ocupação vivendo de bicos, em atividades ilícitas, no subemprego ou não fazendo nada mesmo, aumentando ainda mais a desigualdade social. É assim que querem que os brasileiros cheguem aos 65 anos de idade?
Mauri Fontes
Santo André