Com a visão de conduzir o renascimento econômico da região, o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), tomou posse, nesta quinta-feira, como presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC para o biênio 2017-2019. O reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) é o novo vice-presidente da entidade.

A nova gestão terá como desafio ampliar a atuação da iniciativa privada. “O conceito original da Agência é uma participação maior do privado do que do público. É que com o tempo o equilíbrio foi perdido e, inclusive, faz parte dos nossos objetivos retomar essa igualdade. Hoje aqui tivemos senão 100%, 90% da representatividade das forças produtivas da região. E se esse time não conseguir recuperar uma Agência de Desenvolvimento e criar políticas públicas para isso, ninguém vai conseguir”, afirmou Paulo Serra.

Para atrair essas empresas e parcerias, a entidade se baseará em ações concretas que podem sair do papel em um curto espaço de tempo, como por exemplo, o Parque Tecnológico de Santo André, além de estabelecer um mapeamento daquilo que já existe nos municípios aliado a um banco de áreas disponíveis para investimento.

“O Grande ABC tem mão de obra qualificada, posição logística invejável entre o Porto de Santos e Rodoanel, e tem áreas disponíveis. Precisamos transformar essas informações em um grande banco. Não podemos deixar escapar essas oportunidades da região por não ter um cadastro efetivo.”

Sobre tirar o Parque Tecnológico do papel – uma das missões da Agência em curto prazo – , o prefeito afirmou que é possível começar até o fim de 2018. “Começa com embrião de encubadoras de talentos que vem das universidades e, a partir dai, com o apoio do poder público, o mercado avalia aquela que tem viabilidade dentro da vocação do ABC. Ai sim, de 100 ou 150 talentos podem surgir dois ou três novos produtos que irão para uma cadeira oficial e surgir o Parque Tecnológico que a gente imagina.”

Recurso reduzido
O orçamento da Agência teve corte de cerca de dois terços, o que corresponde a aproximadamente R$ 500 mil por ano. A redução se deve a descontinuidade da participação do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que contribuía com 49% da arrecadação da entidade. Mais uma vez, a nova gestão reforça a participação das empresas para sustentar as atividades da Agência.

“Com um novo planejamento que está sendo feito pela equipe, vamos em busca de novos sócios, novos participantes, tendo a iniciativa privada e associações comerciais como um grande desafio. Já foi feita da gestão do professor Joaquim (Celso Freire) uma grande redução na estrutura, e que a gente tem certeza que (a equipe) vai continuar sendo eficiente. Estamos saindo oficialmente do Consórcio do ponto de vista do financiamento da Agência e agora as cidades poderão fazer parcerias direto com a gente. Juntos poderemos construir pontes que nos levarão ao renascimento do Grande ABC.”