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Dia da Terra, temos o que comemorar?
Por Do Diário do Grande ABC
22/04/2017 | 10:26
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Artigo

Parabéns, mãe Terra! Felicidades e muitos milênios de vida! Vamos comemorar com um presente? Que tal bolo? Ou produto eletrônico bem bonito, cheio de botões, embrulhado naquele papel celofane brilhante? Pois é, hoje é o Dia Internacional da Mãe Terra. Temos que entender que cada vez mais existe organismo que está se multiplicando rápido demais em cima da sua ‘pele’ e extraindo os seus minerais, usando sua água, aquecendo seu clima, derretendo os seus ‘pontos gelados’ e tirando sua cobertura vegetal. Esse organismo chamado ser humano possui 7,3 bilhões de representantes (2015) e pode chegar a 10 bilhões em 2050. O problema é exatamente o crescimento exagerado. Há 2.000 anos éramos 300 milhões, em 1800 chegamos ao primeiro bilhão, e a quatro em 1974. O problema não é estarmos aqui e sim o que precisamos para estarmos aqui.

Diziam antigamente que precisávamos de ar para respirar, água, alimento, moradia e vestimenta, segundo as necessidades fisiológicas da pirâmide de Maslow. Mas fomos subindo nesta pirâmide das necessidades, ‘evoluindo’, segundo alguns pensadores, buscando segurança, questões sociais e psicológicas, e agora cada dia mais autorrealização. A questão é que muitas vezes essa autorrealização se dá comprando coisas que as pessoas não precisam ou nem querem. Estranho, não? Compram ou consomem para poder mostrar status e poder. O problema é que para esse produto ou serviço ser feito utilizam-se ‘pedaços’ da mãe Terra. Segundo o Global Footprint Network, os ‘organismos pensantes’ utilizam os recursos existentes da Terra que seriam para o ano inteiro em apenas oito meses. Dependendo do estilo de vida, é preciso de 1,5 a três planetas para sustentá-lo. Lembrando: temos só um! Ufa! Que comemoração mais triste!

Não! A ideia é conscientizar que precisamos repensar o nosso consumo, o nosso jeito de produzir energia, de valorizar o que vale a pena para a nossa autorrealização. Entender que o consumo é necessário, porém, com menos impacto social e ambiental. Necessitamos explicar para nossas queridas marcas, produtos e serviços que a mãe Terra não vai suportar esse modelo atual de captação de recursos naturais e descarte no ar e no mar, que para a sobrevivência e perenidade dessas empresas os processos e mentalidade precisam mudar, e que com isso os acionistas poderão ter seus retornos mais sustentáveis do ponto de vista financeiro, ambiental e social. Vida longa à nossa mãe Terra, que sempre nos suportou e nos ajudou a evoluir! E que agora consigamos, com essa evolução, devolver o ‘cheque especial’ que estamos emprestando dela e harmonicamente consumir para as nossas necessidades, sejam elas quais forem.

Marcus Nakagawa é professor da ESPM, sócio-diretor da iSetor, idealizador e diretor da Abraps e palestrante.

Palavra do leitor

Antiga, mas atual
Esta frase de quase 100 anos atrás da filósofa russo-americana Ayn Rand (1920) encaixa-se perfeitamente aos senhores da Segurança desta Nação chamada Brasil pelo atual momento, do qual os povos de bem e o mundo estão envergonhados do que estão presenciando: ‘Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em autossacrifício então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada’. É triste, mas é realidade.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

Ausente
Conforme demonstrei minha indignação com a atual presidência do EC Santo André (Copinha – 3, dia 18), fica aqui também registrada a mesma indignação com o secretário de Esporte, vereadores e poder público de Santo André. Este mesmo poder público um dia cedeu o espaço do Jaçatuba ao Ramalhão para que lá fosse construído o poliesportivo, para ser fonte de renda para a manutenção do time, que leva o nome da cidade. Deveria a Prefeitura estar mais presente e atuante no clube, pois ela, como doadora da área do poliesportivo, deveria ter voz ativa nas decisões do mesmo, em se tratando de participações em campeonatos.
Fernando Cesar Toribio
Santo André

Precisa desenhar?
O advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin Martins, parece não ter ouvido direito as afirmações de Léo Pinheiro no testemunho que deu dia 20 ao juiz Sérgio Moro, quando o causídico cita documento assinado pelo próprio Léo Pinheiro ‘sob as penas da lei’, no qual a OAS diz ser a dona do imóvel do Guarujá (Política, ontem). Acontece que Léo Pinheiro jamais negou que a OAS era dona do imóvel, mas afirmou com todas as letras que o triplex estava reservado para Lula e família, e que não seria negociado ou comercializado em hipótese alguma. Cristiano Zanim Martins, entendeu? Ou vai precisar desenhar?
Mara Montezuma Assaf
Capital

FUABC
No Editorial ‘Pelo fim dos supersalários’ (Opinião, dia 20) o editor equivoca-se ao afirmar que a FUABC é mantida financeiramente pelas prefeituras sem referir que os repasses financeiros se dão em razão de convênios celebrados com as mesmas para prestação de serviços de gerenciamento da rede de Saúde municipais. Cinquenta por cento a 70% desses valores repassados pelas prefeituras são destinados para pagamento de despesas com pessoal e encargos que atualmente substituem os servidores públicos municipais nas unidades de Saúde, ambulatórios e hospitais. Importante ainda ressaltar que a omissão do editor em informar corretamente aos leitores não contribui em nada no debate sobre o papel, neste caso, da FUABC enquanto instituição criada com a finalidade de ser mantenedora da Faculdade de Medicina. Afinal, qual é a missão institucional da FUABC hoje? O editor deveria discutir se os nomeados para os referidos cargos foram selecionados por mérito (por competências que o cargo exige) ou pelo famoso ‘QI’. Neste último, não tardará a substituição por outros ‘apadrinhados’ alinhados aos novos gestores municipais.
Osmar Mikio Moriwaki
São Bernardo

Denunciado
Segundo o delator Carlos Paschoal, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu mais de R$ 10 milhões da Odebrecht em caixa dois para as suas campanhas ao governo do Estado de 2010 e 2014. Conforme o relato, parte dos repasses era feita diretamente ao cunhado de Alckmin, o empresário Adhemar Cesar Ribeiro, que na época apresentou comprovante assinado pelo governador. O governador afirma que ‘jamais pedi recursos irregulares em minha vida política nem autorizei que o fizessem em meu nome, e jamais recebi um centavo ilícito’. Pelo visto o governador Alckmin, além de ser denunciado pela Lava Jato, irá ter problema familiar com o cunhado Adhemar. Mais essa!
Edgard Gobbi
Campinas (SP)

Falta-lhes noção
Fernando Gabeira nos fala a respeito das mudanças no País que possibilitaram as atuais revelações sobre a corrupção. Sempre foram, de alguma forma, sabidas, mas nunca denunciadas por algumas limitações da mídia e isso fez com que muitos personagens dessa história macabra perdessem a noção dos limites, acreditando que eram intocáveis, invencíveis e inimputáveis. Em vista disso, achei interessante pensamento oriental que Gabeira usou para finalizar suas considerações, que serve para nos lembrar que nada é fixo e permanente: ‘Emílio (Odebrecht) poderia aprender com o escândalo uma lição mais valiosa que sua fortuna: a impermanência de tudo, o constante processo de mudança’. De que adianta então os milhões de Emílio, de Lula e de outros envolvidos? Valem zero! Será que aprenderão essa lição tão básica que qualquer criança conhece intuitivamente, que se refere a viver o presente de forma simples, sem sequer imaginar que se possa ser feliz e livre apenas pelo gosto de acumular às custas dos demais seres sobre a Terra? Quanta perversão dessas criaturas há por trás de toda essa podridão! Para isso não há cura, resta afastá-las do convívio social. Serão sempre incapazes de conviver humanamente com o próximo.
Eliana França Leme
Capital 




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