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Economia esperada com reforma passou de R$ 800 bi para R$ 630 bi, diz relator
18/04/2017 | 14:34
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O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse nesta terça-feira, 18, que a economia esperada com a reforma da previdência passou de R$ 800 bilhões para R$ 630 bilhões, por conta das concessões que foram feitas ao texto original. Maia confirmou oficialmente que a última mudança feita foi em relação à idade mínima para as mulheres que será de 62 anos, enquanto que para os homens ficará como na proposta original: 65.

"Teremos redução em torno de 20% na economia esperada com a reforma em 10 anos. Ou seja, 80% daquilo que nos propusemos a fazer, no primeiro momento, foi mantido", disse, em coletiva no Palácio do Planalto, após reunião com o presidente Michel Temer e senadores da base aliada.

Maia disse ainda que essa diferença de 20% corresponde ao custo que o governo assumiu "através de propostas de parlamentares. "Mas tudo que foi acordado foi na direção de atender os mais pobres, os menos favorecidos", destacou.

O relator afirmou ainda que a modificação na idade mínima de 62 anos para as mulheres "é um avanço" e um "reconhecimento" para o gênero, que ainda faz a chamada dupla jornada, com trabalho em casa e fora. "Embora reconhecendo que existe um avanço social em relação a realidade, é razoável que se mantenha ainda menor", disse.

O relator destacou ainda que saiu satisfeito com a "receptividade" do substitutivo que redigiu e afirmou que "o parecer da proposta de reforma da previdência foi debatido com a sociedade". "Todos os brasileiros têm os olhos voltados para Brasília, na reforma", completou.

Segundo Oliveira Maia, com as mudanças o governo também poderá mudar o discurso "daqueles que são contra a reforma" de que as pessoas precisariam de 49 anos para se aposentar.

Ele lembrou a PEC enviada pelo Executivo propunha que fosse pago na aposentadoria 51% do valor médio de salários recebidos e mais 1% ao ano. "Essa proposição gerou na verdade uma fala, um discurso daqueles que são contra a reforma, um tanto maliciosa", disse.




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