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Turquia: ao menos 8 são detidos em postos de votação durante referendo
16/04/2017 | 11:25
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Ao menos oito pessoas foram detidas na Turquia ao comparecerem às estações de votação durante referendo promovido no país neste domingo. Segundo a agencia de notícias estatal Anadolu, as pessoas são suspeitas de ligações com grupos ilegais.

De acordo com a agência, os suspeitos foram detidos nas cidades de Adana, Malatya

e Trabzon por policiais que aguardavam que eles fossem votar. A Turquia promove neste domingo um referendo histórico que pode expandir os poderes do presidente Recep Tayyip Erdogan.

Ao menos cinco pessoas foram detidas por supostas ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o PKK, ainda segundo a Anadolu. Os outros três são suspeitos de relação com Fethullah Gulen, clérigo que vive nos EUA e que a Turquia aponta como o responsável por uma tentativa de golpe em julho de 2016. Gulen diz ser inocente.

Todas as estações de votação da Turquia já estavam fechadas às 17h locais (11h em Brasília).

A divulgação do resultado é esperada para mais tarde neste domingo. A Turquia não tem pesquisas oficiais de boca de urna e a imprensa é proibida de publicar ou divulgar resultados das eleições até que o Alto Conselho Eleitoral derrube a barreira, o que pode ocorrer por volta das 15h no horário de Brasília.

Se o "sim" prevalecer neste domingo, as 18 mudanças constitucionais vão substituir o sistema parlamentarista turco de governo por um presidencialista, abolindo o papel de primeiro-ministro.

Erdogan e seus apoiadores afirmam que o sistema presidencialista ao "estilo turco" pode trazer estabilidade e prosperidade a um país afetado por uma tentativa de golpe no ano passado e por uma série de ataques devastadores promovidos pelo grupo extremista Estado Islâmico e por militantes curdos.

Oponentes temem, porém, que as mudanças levem a uma autocracia, um regime de um homem só, em que Erdogan poderia governar até 2029 sem sofrer contraposições. O presidente turco tem sido acusado de reprimir direitos e liberdades. Fonte: Associated Press.




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