Devido ao início do feriado da Páscoa, muitos consumidores deixaram para comprar o tradicional peixe pouco antes de preparar o almoço da Sexta-Feira Santa. As barracas que vendiam pescado em algumas feiras livres da região ficaram cheias de clientes na manhã de ontem. As opções variavam entre R$ 18 a R$ 80 o quilo.

A recepcionista Jéssica Rodrigues, 25 anos, deixou total de R$ 90 nas mãos de Luciano Queiroz, proprietário da barraca LM, na Vila Vivaldi, em São Bernardo. “Optei pelo filé de merluza para fazer torta e pela corvina para preparar com molho”, disse ela, que achou o valor “meio ‘salgado”.

Segundo Queiroz, o movimento aumenta 200% em relação a dias normais de comércio. “O tíquete médio gasto pelos clientes é de R$ 80, por ser peixe fresco. A preferência é sempre pela corvina e tilápia, seguida do cação e filé de pescada. Temos de aproveitar, porque as vendas são excelentes. O pessoal que comemora a data não deixa de comprar.”

O preço dos peixes variava muito. Entre as opções havia tilápia por R$ 19,80; corvina, a R$ 26,80; filé de pescada branca, por R$ 65; filé de salmão ou de merluza, com valor de R$ 80 e R$ 35, respectivamente; e cação já limpo, a R$ 32. Corimba e pacu inteiros eram comercializados a R$ 22 o quilo.

O ajudante José Maria Ferreira dos Santos, 58, não tem o costume de montar esse tipo de prato todos os anos, mas decidiu gastar um pouco mais desta vez. “Peguei um peixe para assar, no mercado, porque é mais barato. Vim à feira para levar filé de tilápia para minha neta.”

Tem quem se antecipa à data para economizar. Foi o caso do auxiliar de lojística José dos Anjos, 50, que passava pela feira de São Bernardo, mas comprou dois quilos de salmão no início da semana por R$ 140. “Eles estão vendendo por R$ 85 o quilo. Quem deixa para a última hora sempre paga mais e corre o risco de não levar para casa o que quer.”

Na feira da Rua Bauru, na Vila Linda, em Santo André, as duas barracas de peixe ficaram com fila próximo às 10h. Uma das opções mais baratas, a sardinha (vendida a R$ 20 o quilo), já havia acabado. “Optei pelo abadejo (R$ 40 o quilo). É a única época do ano em que compro, por isso, não abro mão. Para aqueles de casa que não comem peixe, a opção será ovo frito”, brincou a agente de viagens Renata Reis, 42.